Com a expansão do Universo Cinematográfico Marvel e as possibilidades de novos personagens aparecerem, uma das mais recentes dúvidas dos fãs gira em torno do próximo filme do Homem-Aranha: “será que o Demolidor vai aparecer? Se aparecer, será o da Netflix?”. Porém, a série do Homem sem Medo foi cancelada há alguns anos e, admito, não me lembrava muito dela (até porque não tinha assistido a todas as temporadas). Isso me deixou em dúvida se ela era realmente tão boa quanto os admiradores fazem parecer.
A história do Demolidor foi contada de forma bastante interessante na série. Desde a primeira temporada, o roteiro não buscou adaptar de forma completamente fiel aos quadrinhos, porém se aproxima bastante e tem os “pés no chão”. Assim, é uma forma de mostrar que na Marvel há pessoas que enfrentam problemas comuns e heróis que não precisam combater alienígenas para salvar vidas.
Uma questão que acredito ter ajudado a série a alcançar um público maior foi justamente o filme de mesmo nome, estrelado por Ben Affleck anos antes, já que popularizou o personagem e que, por coincidência ou não, compartilha do principal vilão da série.
Sobre as atuações, nenhuma deixou a desejar, mas Charlie Cox e Vincent D’Onofrio conseguiram transmitir muito bem as emoções de seus respectivos personagens. Isso torna as cenas entre eles ainda mais memoráveis e aumenta ainda mais a vontade de rever essas atuações.
Enquanto na primeira e terceira temporadas o foco está na trama com o Rei do Crime (que só adota o codinome na terceira temporada), na segunda há duas tramas principais, que são a do Justiceiro e a introdução do Tentáculo. Porém, a trama do Tentáculo foi desenvolvida apenas até certo ponto em Demolidor, deixando sua conclusão para a série dos Defensores, o que deu a impressão de que essa temporada não foi tão “redonda”, ao contrário das outras duas.
Com isso, veio a terceira temporada, mostrando as consequências do confronto entre os Defensores e o Tentáculo, que pesaram muito mais para o protagonista do que para qualquer outro personagem. Porém, esse último ano da série não se resumiu a isso, mas também resgatou o vilão da primeira temporada. O Rei do Crime incrivelmente conseguiu o controle da cidade de forma convincente, melhorando ainda mais a experiência que se teve na primeira temporada, já que também introduziu o Mercenário como mais um dos antagonistas.
Um ponto que se destaca bastante nessa série e que não poderia deixar de ser citado são as suas cenas de luta, que, de forma padronizada, têm um ápice em cada temporada e não estão apenas nos seus últimos episódios. Quem viu deve se lembrar do resgate de um refém na primeira temporada, da luta do Justiceiro na prisão ou, ainda, do caos que o Matt teve que enfrentar na prisão na terceira temporada. E o mais interessante é que esses momentos mostraram que boas cenas de ação não precisam, necessariamente, de heróis com seus trajes icônicos ou de níveis de destruição em massa.
Depois de concluir a série, posso dizer que também tenho vontade de rever esses personagens, conhecer melhor suas histórias e o que o futuro reservaria para eles. Porém, como a série foi descontinuada, só resta mesmo a esperança de ver o Demolidor no UCM e saber se haverá alguma conexão com a série — ou se ao menos trariam o Charlie Cox para interpretar o Homem sem Medo mais uma vez.
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