Dom é uma série brasileira que estreou em junho de 2021 na Amazon Prime. Baseada em fatos reais, a obra conta uma parte da vida do policial Victor Dantas (Flávio Tolezani). Com um filho que se tornou um dos maiores criminosos do Rio de Janeiro, a sua vida é cheia de desencontros.
Motivada pelo hype da série, bastante comentada por pessoas próximas e sempre presente nas redes sociais, decidi assistir e, para ser honesta, me arrependi um pouco.
Dom apresenta a história de Pedro “Dom” Machado Lomba Neto (Gabriel Leone), que é viciado em cocaína desde criança e, mesmo com as inúmeras tentativas da família, nunca se livrou do vício. Com mais de 14 internações e mergulhado no submundo do Rio de Janeiro, Pedro conheceu criminosos de todas as espécies e, mais tarde, alguns se tornaram seus parceiros de crime. Famoso por assaltos a prédios e condomínios luxuosos, Dom foi um dos criminosos mais temidos dos anos 2000.
Por que o hype não foi real (para mim)
A obra apresenta uma quantidade exagerada de palavrões, o tempo todo. Me pergunto se os atores ou as pessoas ao redor realmente não se incomodam com o vocabulário tão limitado e repetitivo. Nesse sentido, ainda que o enredo seja interessante, a história é apresentada de maneira bastante confusa.
Além disso, as sequências cronológicas estão todas embaralhadas, o que torna o entendimento da trama difícil. E, ainda, ninguém explica muito bem como Victor Dantas, interpretado por Filipe Bragança na juventude, passou de mergulhador a policial civil. Aparentemente, ele havia sido recrutado por um coronel para trabalhar infiltrado. Quais são as chances de um homem que nunca teve contato com treinamento se sair bem em uma missão dessas logo de cara?
Contextualizando a época
Victor atuou nos anos 1970, quando a cocaína estava chegando no Rio de Janeiro, e acompanhou a expansão do “negócio” pela cidade. Aos trancos e barrancos, ele conseguia completar as missões, mas no presente se mostrou extremamente inconsequente e desequilibrado. Ao pensar nisso, acredito que ser policial e dar tiro para cima em baile funk não seja uma combinação lá muito boa. Ao longo da série, ele também usa de violência desnecessariamente em diversas situações, o que também me incomodou um pouco.
Crimes e drogas
Paralelamente a isso, Pedro Dom conhece Jasmin (Raquel Villar), Vivi (Isabella Santoni) e Armário (Digão Ribeiro), que compõem a quadrilha junto ao amigo de infância Lico, interpretado pelo MC Caverinha. Juntos, eles assaltam bairros de luxo, vivem romances e compartilham os vícios, o melhor e o pior de cada um.
Enquanto isso, a luta de Pedro contra seu vício em cocaína sempre interrompe as cenas, até ele ser perseguido no final e lançar uma granada contra a polícia. Ainda não sei se haverá uma segunda temporada, mas não estaria ansiosa por ela. Confesso que foi um pouco difícil prosseguir nesta, mesmo que seja relativamente curta — 8 episódios de até 1h cada.
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