O mercado de PC’s voltou a esquentar. Lembro-me da época do Atlhon 64 e Pentium e, felizmente, estamos tendo otimizações fantásticas nos componentes de PC’s, apesar de existir ainda muita névoa em torno de como se montar um PC e para quê.
Bem, vamos começar pelo processador?
Hoje tanto a Intel quanto AMD tem ótimas soluções para todas as aplicações. Seja um PC para rodar games ou apenas navegar na web.
Falando em processadores, a intel oferece 6 linhas de processadores de desktop destinado a funções mais ou menos pré estabelecidas.
Celeron 2 nucleos e dois threads:
Oferecido com baixo poder de processamento com núcleos single e multithread muito fracos, porém com baixo consumo energético. É interessante para empresas que não precisam de multi tarefa e apenas lidam com office ou programas que exigem baixa demanda de processamento. Já vem com gráficos integrados.
Pentium
Esse processador já foi a marca mais preciosa da Intel. Hoje tem um ótimo conjunto. Eficiência energética, bons clocks e 2 núcleos e 4 threads além de vídeo integrado. No Brasil, nesse último ano, ele foi disputado pelos gamers com menos poder aquisitivo menor. Apesar de não ser criado para esse fim, ele faltou nas lojas pela alta demanda, porém em jogos mais pesados onde pode não lidar bem com excesso de demanda dos jogos atuais. No entanto, continua sendo um ótimo processador para atividades do cotidiano.
I3
O i3 estreou com dois núcleos, o que em tempos mais antigos eram suficientes até para processamentos mais pesados. Porém o tempo não lhe perdoou. Na sua 7ª geração seus dois núcleos e 4 threads já não empolgavam tanto além de competir diretamente com o pentium, mudando apenas os clocks onde o i3 levava vantagem. Hoje o i3 da 8ª geração tem 4 núcleo, o que é mais que suficiente para aplicações mais parrudas e alguns jogos, porém não é um processador gamer. Nesse sentindo já nasce morto ou com pouco tempo de sobrevida.
I5
O i5 fez muita história entre os gamers mais antigos. Era um mid end parrudo, capaz de executar qualquer tarefa sem pestanejar, porém sentiu também o peso da idade. Agora ele possui 6 núcleos. Não houve grande mudança da 7ª para 8ª geração, mas tirou o gargalo que o processador apresentava em jogos mais pesados.
I7
Esse é o processador que sempre esteve no sonho dos entusiastas. Com poucos clicks e em multithread executava qualquer coisa e, apesar de não ter sentido o peso da idade em nada, essa 8ª geração veio mais fria e com seis núcleos e seis threads, que o deixou ainda mais longevo e leva os PC’s a um outro patamar. O i7 de 7ª geração veio realmente muito quente e com o vcore (tensão) aumentada em muitas placas-mãe e isso foi corrigido. O vídeo integrado que vem no processador e muito ruim de acordo com que é pago, além de os com final “k” virem sem cooler box.
I9
A intel lançou sua linha i9 para entusiastas e quem usa o hardware para computação gráfica. Ele não é indicado para gamers já que, como possui muitos núcleos, seus clocks são mais baixos que os do i7 e o excesso de processadores não altera para mais fps. Outro fator bom de lembrar é que estes aquecem bastante e precisam de cooler (não vem nenhum na caixa) de primeira linha e de uma placa de vídeo, pois este não oferece nenhuma solução de vídeo. Este processador é muito bem-vindo para quem procura fazer muitas tarefas pesadas ao mesmo tempo.
Ainda existem outras linhas, mas para públicos mais específicos e sem grande demanda paro usuário comum.
Se você pensa em adquirir um processador para usufruir de todas as tecnologias de forma simultânea, pense num i5 ou um i3. Ficando o i5 numa posição confortável para lidar com tarefas mais pesadas de forma tranquila. Já se for apenas para usuários comuns, para uma jogatina leve, pouca renderização, vai de i3. Lembrando que este está no limite para ações mais pesadas. Já o i7 fica para quem quer o melhor em termos de processamento e desempenho E um processador forte capaz de lidar com qualquer tipo de situação . O i9 já é para aplicações bem específicas e só vale a pena para quem já mexe com o PC para fazer dinheiro.
AMD
A AMD voltou a dar o que falar com seus novos processadores Ryzen. Mudando ipc, temperaturas e muitos núcleos. Vamos olhar o que em 2018 a AMD traz para nós.
A AMD ainda mantém no mercado seus FX que ainda são ótimos processadores, mas já não são compatíveis com memória DDR4.
Muitos usuários reclamavam que o cooler que vinha com esses processadores (quando vinham) faziam muito barulho e, mesmo assim, aqueciam muito deixando a AMD sendo esquecida por muitos que apenas queriam um processador sem ter que aumentar a conta de energia ou mesmo comprar coolers melhores.
A linha Sempron ainda é vendida, porém é muito antiga e desaconselhável, visto que temos processadores melhores e mais recentes.
Para evitar apenas elogios, em 2017, a AMD encontrou muitos problemas em seus processadores e latencias de memória RAM. Oficialmente, ela recomenda memórias 2666 para seus ryzen e 2400 parao Atlhon.
Os Threadripper
Vieram para computação em paralelo, com muitos núcleos para impulsionar a nova onda de multi CPU’s. São processadores caros e de nicho.
Linha Atlhon X4
A linha mais básica no linha lineup da AMD vem com 4 núcleos e 4 threads. É um processador simples com ainda 28 nanômetros e sem vídeo integrado.
Diferente do antigo Atlhon, este se mostra muito atrasado em todo seu projeto, pois possui um consumo imenso de energia e produz muito calor pela performance. A AMD parece não aprender a velha lição e perde a oportunidade de ampliar sua gama de oferta em produtos de baixo custo com eficiência energética, projeto novo (mais ipc e redução do tamanho do processador) e, no mínimo, uma GPU on board. Esse processador se mostra fraco tanto para tarefas de um núcleo como com vários.
Ryzen
Esse mexeu o mercado. Seu melhor ipc e vários núcleos revitalizaram a mercado de processadores para desktop. A AMD não poupou investimentos, garantiu uma boa eficiência energética e refez seus coolers que são entregues com os Ryzen, o que agradou a comunidade em geral. Talvez o maior erro dessa primeira geração foi a falta de alguma solução gráfica (que parece estar sendo corrigida nos novos Ryzen) e a alta latência de memória (tempo que o processador acessa a memória) que se mostraram significativos para tirarem alguns fps, fazendo com que os usuários precisem ter acesso a memórias mais rápidas como 3200 megahertz. O problema é que, devido a falta de memorias RAM, os processos mais que dobraram e, se antes uma memória de frequência 2400 para uma 3200 a diferença era de R$ 30,00, essa agora saltou, isso quando se consegue encontrar.
Outro ponto a mencionar é que eles vieram no limiar de frequência considerada boa,ou seja, 3.0 a 3.2 gigahertz de clock (velocidade do processador) base, o que é o minimo aceitável, porém a AMD garante que todos os seus processadores Ryzen são aptos a overclock bastando ter uma placa mãe compatível. O que ela não fala é que é quase impossível passar de 4 gigahertz e que, quando se chega a isso em todos os processadores, o consumo é um absurdo, perdendo a característica do custo/benefício.
Ryzen 3
Tem 4 núcleos e 4 threads e funciona muito bem como um PC de entrada. Não tem vídeo integrado, mas possui uma ótima eficiência energética.
São os processadores básicos dessa linha e se mostram eficientes para várias aplicações. Em caso de games não são indicados pela fabricante, mas até quebram um galho. Eles deram um salto no computador de entrada. Com preços que, em promoções, chegaram a R$ 350,00, se mostram um ótimo custo/benefício e são bons processadores para universitários que querem fazer seus trabalhos, mas querem uma jogatina básica e ver seus youtubers favoritos.
Essa linha se mostra até boa demais para desktops de empresas e apenas para esse fim. O calcanhar de aquiles é a falta de vídeo integrado, que tornaria, em tempos de falta de placas de vídeo, quase impossível montar um PC básico com bom de custo/benefício. Nessa linha todos os processadores vem com cooler.
Ryzen 5
Esses processadores já são mais pra gamers e entusiastas, visto que estavam um passo à frente da concorrência. De 4 e 8 threads a 6 núcleos e 12 threads com ótima eficiência energética, porém sem vídeos integrados. Todos da linha X não vem com cooler.
No mais básico deles, o 1400 é o mínimo para se jogar de forma aceitável e empurra placas de vídeo fortes como a Gforce 1060 ou RX 580. Elas sofrem com a latência de memória e eu indicaria no mínimo a frequência de 2400. Os 4 core dessa linha têm gás para editar seus vídeos, trabalhar neles, jogar com boa performance e executar todas essas tarefas de modo satisfatório. Os de 6 núcleos têm uma sobrevida muito maior. São processadores que levaram a computação de alta performance ao público comum. Sendo excelentes em todas aplicações, indico memórias de no mínimo 2666 para se tirar uma ótima performance desse processador. Na internet temos vídeos deles empurrando as GPU’s vega ou mesmo uma Gforce 1070.
Se você está montando um computador, peço para se atentar para esses processadores de 6 núcleos, pois eles vão te satisfazer por um bom tempo.
Ryzen 7
São os tops dos Ryzen com 8 núcleos e 16 threads. São processadores de alta performance para todo tipo de público. Eficientes energeticamente e com ótima longevidade, porém não vem com gráficos integrados. Todos da linha X não vem com cooler.
Esses monstros trouxeram o que existe de melhor na computação para o público doméstico. Tornaram possível atividades antes só de nicho para usuários comuns. Na era de youtubers, vieram como uma luva, pois trabalham renderização muito bem. Aqui o problema de latência se torna maior. Para se ter uma ideia, um processador da Intel leva metade do tempo para acessar a informação na memória que tempo do Ryzen rival. Então investir em memórias que não tornem isso tão perceptível vale a pena. Memórias com 2666 já dão conta. Quem pode investir mais vai para os 3200 megahertz. São processadores a frente do seu tempo, com ótimo valor de mercado e que merecem seu olhar ao montar um novo computador. A memória cache (a memória que o processador acessa para pegar informações antes da memoria RAM e com uma velocidade muito acima desta última) já começa nos 20 mb no processador mais “simples” da categoria. A concorrência tem apenas 12 mb. O fator de múltiplos núcleos, clocks aceitáveis nas versões mais simples e o multithread leva-nos a ficar impressionados com o que esse processador pode fazer.
O que são os Threadripper?
Linha de alta performance da AMD, pode vir com até 16 núcleos e 32 threads, porém não vem com cooler e não tem eficiência energética além de não terem vídeo integrado. Indicados para processamento bruto e não gamers ou qualquer entusiasta. Foi uma linha muito esperada, pois, assim como os i9, poderiam não ter muito fps, mas daria pra jogar e ainda ter uma máquina poderosa em casa. Mas em jogos os resultados não são bons. A plataforma é muito cara e perde a eficiência do conjunto da linha Zen. Sim, são os mesmos processadores, mas em outra plataforma, que deixa de fazer sentido para o público comum. E, tirando as barreiras quebradas tanto por essa plataforma quanto pelos i9, são desnecessários para 99% dos usuários, porém são essenciais, pois aqui as empresas aplicam tecnologias ainda caras ao público comum, mas que devem se tornar popular com o tempo como, por exemplo, memórias quad channel.
Antes de decidir qual processador comprar, pense para que você irá querer o seu novo computador. Lembre-se de olhar o conjunto, pois, ás vezes, a plataforma ainda está cara como é o caso da Intel com z70, ou mesmo se vale esperar pelos gráficos integrados dos novos Ryzen+. Seja Intel ou AMD, você estará bem servido. Bem-vindo ao futuro. Começou ontem.
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