Chegou ao fim, em sua sétima temporada, Once Upon a Time, série criada pelos escritores de LOST, Adam Horowitz e Edward Kitsis. O novo trabalho da dupla vinha com uma proposta de mostrar os contos de fada e outras histórias clássicas da nossa infância de uma forma diferente da que estávamos acostumados, dando um tom mais sombrio a elas. A série teve sua estreia em 2011 e chegou ao fim em 18 de maio de 2018.
Ao longo das primeiras temporadas temos os personagens dessas histórias presos no nosso mundo, sem suas memórias, após uma maldição lançada pela rainha má, e precisando da ajuda da escolhida para que essa maldição fosse quebrada.
Nos seus primeiros anos, a série nos mostra essa luta contra a maldição e os personagens se adaptando a essa nova realidade em que se encontram. Até aí, a série fica numa crescente, prendendo nossa atenção e nos fazendo simpatizar com esses personagens, mesmo com os vilões, apesar dos efeitos especiais precários, que fez muitos abandonarem o programa. Mas pela sua proposta, fica claro que o foco era na história e não em grandes efeitos, então, para mim, não incomodou tanto.
Da metade em diante, a série começa a se perder um pouco na história que quer contar, inclusive com alguns personagens que simplesmente são cortados sem um desfecho muito claro para suas histórias. Existiram também alguns momentos bastante repetitivos com maldições sendo lançadas constantemente.
No último ano da série, temos novamente uma maldição, com a diferença de que ela não somente manda os personagens para outro reino sem suas memórias, mas para outro ponto no tempo. Aqui fica mais claro que a história se perdeu e que essa temporada foi escrita porque tinha que ser, mas não foi assim tão ruim. Tiveram alguns pontos interessantes, como a redenção e despedida de um personagem muito querido.
O programa poderia ter explorado melhor algumas histórias, com calma, para desenvolvê-las, como o reino de Agrabah, que dava para render pelo menos um mid season interessante, mas acaba resumido a, se muito, cinco episódios. Não existia, também, tanto a necessidade de explorar reinos de filmes atuais da Disney, como a inclusão da trama envolvendo o reino de Frozen e Valente, que surgem e somem acrescentando muito pouco ou nada a trama central da série, sendo apenas um fan service. Já existia um grande sucesso sem esses personagens, então era possível se ater ao planejamento que havia sido feito e, ainda assim, manter o interesse da audiência.
Esse desvio de narrativa com essas tramas incluídas sem uma ligação muito clara com a trama central mais o fato da mudança de horário na transmissão da série foram alguns dos fatores que contribuíram a queda progressiva na audiência e seu consequente cancelamento precoce.
Ao terminar o último episódio fica aquele sentimento de que a série poderia dar mais do que o que foi apresentado, se houvesse um planejamento mais sólido no início, além da saudade de acompanhar as aventuras desses personagens tão conhecidos e queridos por todos. Mas, enfim, apesar de tudo, todos conseguiram, de diferentes formas, o final feliz perseguido durante sete temporadas.
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