AMD lançou seu novo lineup com 12 nanômetros revisando a arquitetura zen, mas dessa vez parece que ela ouviu os consumidores em vários aspectos e a arquitetura amadureceu, mas vale a pena?
Para começar, a AMD enxugou toda a linha, o que tem muito mais lógica, visto que variações imensas de clocks numa mesma gama de tecnologia de processadores não tinha muita lógica (e logística) e os processadores de apenas 4 núcleos, os Ryzen 3, vêm com um único exemplar, o 2200 g, que tem gráficos integrados, e olha que aqui a AMD está de parabéns, pois, para uma APU de entrada, os R$ 500,00 em média cobrados por esse processador é um preço muito interessante numa época de placas de vídeo a preço de ouro.
Já a linha Ryzen 5 tem os exemplares 2400 g, que possuem gráficos integrados com 4 núcleos e 8 threads, o Ryzen 2600 e o 2600x com 6 núcleos e doze threads e, dessa vez, os produtos com X vêm com cooler, porém esses dois processadores não vêm com gráficos intregados (poxa, AMD, podia não ter vacilado assim, hein?) e os novos Ryzen 7 vem com duas opções 2700 e 2700x e continua aqui a regra: a linha X vem com cooler, porém esses dois processadores continuam sem vídeos integrados. Cabe aqui lembrar que tanto o 2200g e 2400g não fazem parte da nova arquitetura, eles ainda são de 14 nanômetros.
Latência de memória?
Muitos de nós sofremos com a latência de memória RAM e memória cache dos Ryzen de primeira geração, mas realmente isso foi revisto, não que agora temos os mesmos parâmetros da Intel, mas houve uma melhora muito grande onde a comunicação de cache foi melhorada em até 30 % (comunicação entre os núcleos do processador) e em memória RAM em 10%(velocidade em que o processador se comunica com os dados dentro da memória RAM), o que realmente coloca os Ryzen de volta na briga e digno de merecimento da atenção do consumidor. Os primeiros testes mostram uma real evolução em performance e, dessa vez, os clocks chegam à altura passando dos 4 ghz nos jogos em todos os núcleos, o que realmente duvidávamos depois das inúmeras faltas do Ryzen sem revisão. Não estamos aqui falando que os Ryzen de primeira geração são péssimos, apenas que poderiam ter vindo mais refinados como estes.
Ryzen revisados são pra jogos?
Sim, são ótimos processadores pAra jogos e os testes mostram que em certos jogos ficam acima da Intel e em outros abaixo, mas sempre empurrando as GPU’s com muita força. Porém, em alguns jogos os Ryzen ainda têm uma diferença de 20 a 30 fps atrás da Intel em processadores mais simples e há gerações de placas que 30 fps é a diferença. Então, se você é um usuário que quer extrair o máximo de fps da sua placa de vídeo, o Ryzen não é para você, mas se você não se incomoda de perder alguns fps e ter mais processamento para fazer atividades paralelas, como estar em redes sociais ou fazendo stream, entre outros, o Ryzen é feito para você.
Mas e o preço?
A AMD realmente perdeu todo pudor no preço dos seus processadores no Brasil. Os preços estão nas alturas e bem acima do mercado internacional, deixando, por incrível que pareça, a Intel um ótimo custo/beneficio. Parece piada, mas não é.
Apesar de toda a melhoria feita, a AMD ainda tem que lutar pelo custo/beneficio, pois sua concorrente, a Intel, continua lançando produtos muito bons a preços competitivos e contemplando todas as categorias. Mas ano passado vimos promoções tentadoras dos Ryzen em épocas pontuais, o que pode levá-los a ter vantagens, mas, com os preços hoje praticados, a AMD é uma péssima opção.
Vale a pena upgrade?
Se você já tem um processador hexacore ou octacore, realmente o upgrade só vale se você for um entusiasta, pois a melhora por núcleo foi apenas 10%, não justificando a troca. Mas se você quer sair de um quad core para um hexacore ou de um hexacore para um octacore, são realmente os Ryzen que deveriam ter sido lançados no ano passado.
Parabéns, AMD, pelo trabalho na arquitetura. Viva a concorrência!
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