“Com sua língua afiada e seu temperamento rebelde, Sage Fowler está longe de ser considerada uma dama — e não dá a mínima para isso. Depois de ser julgada inapta para o casamento, Sage acaba se tornando aprendiz de casamenteira e logo recebe uma tarefa importante: acompanhar a comitiva de jovens damas da nobreza a caminho do Concordium, um evento na capital do reino, onde uniões entre grandes famílias são firmadas.
Para formar bons pares, Sage anota em um livro tudo o que consegue descobrir sobre as garotas e seus pretendentes — inclusive os oficiais de alta patente encarregados de proteger o grupo durante essa longa jornada. Conforme a escolta militar percebe uma conspiração se formando, Sage é recrutada por um belo soldado para conseguir informações.
Quanto mais descobre em sua espionagem, mais ela se envolve numa teia de disfarces, intrigas e identidades secretas. E, com o destino do reino em jogo, a última coisa que esperava era viver um romance de tirar o fôlego.”
Eis a sinopse.
Eu comecei a reler esse livro achando que tinha lido só o seu início e por algum motivo não o havia terminado. Motivo esse que eu não lembrava de jeito nenhum. Mas qual não foi a minha surpresa quando descobri, no decorrer na leitura, que tudo soava muito familiar. Parecia que eu tinha uma noção de tudo o que estava por vir, mas, ainda assim, não me recordava exatamente de nada. “Que estranho”, eu pensava, “será que li mais do que achava? Mas então por que não me lembro? ”.
Essa sensação me acompanhou até o final da (re) leitura, quando descobri que, de fato, havia lido o livro todo anteriormente e o havia terminado sim. Só não me recordava da história ou de seus pormenores. Nem do seu desfecho eu me lembrava. Só quando cheguei ao aludido final de fato me apercebi disso. Eis uma coisa estranha. Eu já li muitos livros na minha vida, mas, quando olho para suas capas na minha estante, sou capaz de me recordar de suas histórias. Alguns de forma mais precisa, outros de forma mais vaga. Mas nunca, pelo menos não que me recorde, eu havia esquecido tão completamente de uma história assim.
Contei essa pequena história para tentar fornecer um contexto para a minha opinião. O livro não é ruim, de forma alguma. Mas ele também não foi memorável – como a minha pequena anedota bem ilustra. No meu primeiro “projeto de resenha”, como eu o chamei, escrito anos atrás e complementado e postado este ano aqui no Puxadinho, eu falei sobre como o livro me havia impactado; também falei que eu acreditava que um bom livro deixa marcas em seu leitor, sejam elas pequenas ou grandes.
Essa é uma história distraída, que entretém o leitor. Mas não é minimamente marcante – para mim não o foi. Talvez eu esteja sendo um pouco dura demais, mas se esquecer tão completamente de um livro é, de certa forma, um feito. É, de fato, algo raro. Portanto, se o que se espera ao começar a ler esse livro é uma leitura leve, distraída e um pouco previsível, o objetivo foi alcançado… mas, se o que se quer é algo mais substancioso, por assim dizer, sugiro que procurem outra obra.
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