Na família Sinclair, ninguém é carente, criminoso, viciado ou fracassado. Mas talvez isso seja mentira.
Os Sinclair são uma família rica e renomada, que se recusa a admitir que está em decadência e se agarra a todo custo às tradições. Assim, todo ano o patriarca, suas três filhas e seus respectivos filhos passam as férias de verão em sua ilha particular. Cadence – neta primogênita e principal herdeira -, seus primos Johnny e Mirren e o amigo Gat são inseparáveis desde pequenos, e juntos formam um grupo chamado Mentirosos.
Durante o verão de seus quinze anos, as férias idílicas de Cadence são interrompidas quando a garota sofre um estranho acidente. Ela passa os próximos dois anos em um período conturbado, com amnésia, depressão, fortes dores de cabeça e muitos analgésicos. Toda a família a trata com extremo cuidado e se recusa a dar mais detalhes sobre o ocorrido… até que Cadence finalmente volta à ilha para juntar as lembranças do que realmente aconteceu.
Essa é a sinopse oficial – que consta no Skoob – do livro, que li há quatro anos. Ao acabar a leitura, peguei tudo o que estava sentindo e coloquei no papel. Aqui vamos nós:
“Se eu fosse descrever esse livro em uma palavra, seria estarrecedor. Só digo que chorei. Muito. Acho que esse foi o melhor, mais trágico livro que eu li esse ano. É um livro para fazer pensar – e não seria essa sua função primordial? A dos livros em geral, quero dizer. Um livro em que não existem heróis ou vilões, mas pessoas. Pessoas maravilhosamente complexas, loucas, e cheias de defeitos e qualidades. Possivelmente mais defeitos que qualidades, mas, acima de tudo, humanas.
Sinceramente, não há muito o que falar, apenas que é necessário refletir. E que precisarei de um bom tempo para me recuperar. E que esse, definitivamente não é um livro para ser esquecido em uma estante – convenhamos, não acho que qualquer livro deva ter esse destino. De forma alguma. É para ser contemplado, e lido e relido. E tratado como a verdadeira obra que é. Não apenas um livro para entreter… para passar o tempo e se afeiçoar aos personagens, mas para se contemplar a verdadeira crueza da natureza humana.
Ele não é ‘bonito’. Claro que nele há poesia, mas há também muito mais. Eu sei que espero conseguir me lembrar dele e das lições que com ele aprendi.”
16/12/2015
Bem… eu escrevi esse projeto de resenha imediatamente após terminar o livro e conseguir parar de chorar copiosamente. Claramente, a história me tocou bastante, mas, infelizmente, me recordo apenas vagamente dela, então não posso atestar que hoje concordo com o que escrevi então. Logo, falhei na minha pretensão de me lembrar das lições e de tudo que me foi transmitido pelo livro.
Mas, apesar de não saber se o livro me despertaria os mesmos sentimentos de quatro anos atrás, e entender que há uma carga muito grande de dramaticidade nesse projeto de resenha, recomendo a leitura. Acredito que todo livro que te perturbe de alguma forma contribui para a sua formação como ser humano e esse visivelmente me perturbou, então… boa leitura. E espero que essa história consiga tocá-los como tocou o meu eu de quatro anos atrás.
Mais sobre LIVROS
Puxadinho Cast #110 | One Piece (Netflix)
A Netflix finalmente lançou a adaptação em live action de One Piece. Em meio a desconfianças, a série conseguiu superar …
Puxando da Estante #32 | Freida McFadden: A Empregada
Para essa rodada do Puxando da Estante, nós vamos discutir A Empregada de Freida McFadden, indicado por Rudá. Este livro …