Digimon Adventure é uma saga que habita entre nós há exatamente duas décadas.
Tivemos um grande prazer em acompanhar Taichi e seus amigos em uma longa jornada, que passou por Digimon Adventure, Digimon Adventure Tri e Digimon 02 — este último, infelizmente, gerou alguns dissabores.
O Digimon Adventure: Last Evolution Kizuna é um presente da Toei Animation para os fãs. Um filme canônico e que se localiza logo após os eventos do Digimon Tri. Todos os nossos heróis já estão entrando na fase adulta e precisam seguir suas vidas, os mais velhos com seus empregos e os mais novos participando de uma nova equipe de “digiescolhidos”, até que novamente um grande mal assola o nosso querido Digimundo.
Toda a equipe se reúne para acabar com mais um grande vilão, que tenta trazer a destruição ao mundo humano para que o mundo digital afetado por ele possa emergir como a única realidade existente. Apesar de a equipe estar bem longe da que acompanhamos nos episódios da TV Globinho, o que podemos esperar de tudo isso é mais uma batalha épica para ficar guardada em nossos corações.
O Last Evolution infelizmente repete a fórmula do seu antecessor nas telonas (Digimon: O Filme, de 2000), que é o foco total na solução do problema pelo poder exagerado dos protagonistas Taichi e Yamato. Por vezes, também reproduz cenas iguais em todos os sentidos — até mesmo no visual, como a da batalha pelo computador contra o vilão do filme.
E agora a questão-chave: vale a pena assistir?
Vale. A película de 94 minutos é uma bela continuação da temática adulta que a série passou a adotar a partir do Tri, traz combates com visuais muito bem trabalhados em CG e carrega uma forte mensagem sobre o poder da amizade. Em uma referência ao título do filme, são criadas até novas evoluções para Agumon e Gabumon, onde cada um deles se tornam um só com seu respectivo “digiescolhido”.
Last Evolution é um desfecho emocionante e uma obra-prima para nossas crianças interiores, com direito a todas as músicas da série original — os mais emotivos já podem ir preparando a caixa de lenços de papel. Um dos questionamentos e curiosidades que ele desperta é se estaremos prontos para dar adeus à tudo aquilo que está bem diante dos nossos olhos.
O fim dessa nostálgica aventura não deixa nenhum espacinho para você duvidar que seja o fim da linha, mas também não despreza aqueles fãs que se dedicam a criar teorias mirabolantes sobre um possível futuro para essa turma. Terminada a obra, você pode acabar com um misto de sensações, como a mais pura felicidade seguida daquela saudade que não vai cessar, consequência de tantos anos de uma excelente companhia.
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