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Lançado em novembro de 2021, Eternos é um dos filmes mais recentes do famoso Universo Cinematográfico Marvel. Diferentemente da maioria de seus primos da Marvel, o longa não agradou a todos e teve reações bem mistas. Hoje, vou analisar mais a fundo o filme e também dar um pouco da minha opinião sincera.
O filme nos mostra um supergrupo formado por dez seres imortais que foram enviados ao planeta Terra pelos celestiais (seres místicos espaciais gigantes) muitos anos antes de Cristo. Durante sua estadia, eles acompanham e auxiliam o desenvolvimento dos humanos. Porém, quando há algum conflito entre os humanos, eles são instruídos pelos celestiais, através da guia espiritual do grupo, Ajak, a não interferirem. Os eternos só podem interferir e usar poderes incríveis se a ameaça envolver os deviantes, que são monstros animalescos e seus inimigos naturais.
Milênios se passam e estamos nos dias atuais. Não houve nenhuma ameaça dos deviantes nesse meio-tempo e cada um dos eternos seguiu seu rumo entre nós no planeta Terra. Os antigos parceiros são obrigados a retomar o grupo quando o líder dos deviantes, Kro, ressurge.
Assim como todos os filmes do UCM, Eternos tem vários pontos positivos. Mas não podemos deixar de destacar que esse é um filme bem diferente dos demais. A diretora ganhadora do Oscar Chloé Zhao imprime muito sua identidade nesse projeto. Efeitos práticos, iluminação natural, visuais de tirar o fôlego e uma trama um pouco mais arrastada se fazem presentes no filme, o que explica uma boa parte das críticas que ele recebeu. Mas isso tudo é feito sem deixar de lado o característico bom humor da tão falada “fórmula Marvel”. As cenas de ação entregam uma coreografia aceitável, mas no geral não empolgam.
Com atores renomados e de sucesso no elenco, como Angelina Jolie, que interpreta Thena, e Kit Harington, é natural que as atuações estejam em um ótimo padrão, mas acho que os personagens em si talvez não ajudem os atores. Como são muitos personagens no filme, alguns acabam ficando de lado e são mal-trabalhados, como é o caso do Dane Whitman de Kit Harington. Mas, dentro do grupo, cada um dos eternos tem seu momento de destaque, e mesmo aqueles que são pouco aproveitados têm um carisma que nos faz torcer pelos heróis. O grupo é muito bem diversificado e inclusivo, nos apresentando a primeira super heroína surda da Marvel nos cinemas (a Makkari de Lauren Ridloff) e o primeiro herói abertamente gay (o Phastos de Brian Tyree Henry). Porém, mesmo com toda essa diversidade, a trama acaba sendo mais concentrada nos eternos Sersi (Gemma Chan) e Ikaris (Richard Madden), que formam um casal dentro do grupo.
Mesmo com todos seus pontos positivos e qualidades, Eternos passa longe de estar na prateleira de melhores filmes da Marvel Studios. O fato de haver muitos personagens acaba bagunçando o roteiro e deixando algumas explicações apressadas. As cenas de luta são bonitas, assim como o resto da fotografia do filme, mas não são marcantes e não nos passam uma boa sensação de perigo. No geral, Eternos é um ótimo reflexo de seus personagens, pois acaba sendo um filme bom, mas facilmente esquecível.
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