John Hancock (Will Smith) é um ser com superpoderes e parece um personagem saído dos quadrinhos, se não fosse pelos seus vícios e pelos prejuízos milionários que causa a cada boa ação que tenta realizar. Isso, porém, começa a mudar quando conhece Ray Embrey (Jason Bateman), que trabalha para melhorar a imagem de Hancock enquanto novos acontecimentos vêm à tona sobre o seu passado misterioso.
Hancock é um filme de 2008 dirigido por Peter Berg que traz uma mistura de vários gêneros, sendo a comédia e o subgênero de super-heróis os mais visíveis. Entretanto, a obra conseguiu me surpreender com os momentos em que se aprofunda nos personagens e nas mensagens que tenta passar. É claro que, sendo um filme de 2008, os efeitos especiais são visíveis nas cenas de ação; porém ainda assim eles conseguem divertir e o uso delas faz sentido na maioria das cenas em que são inseridas, não sendo utilizadas apenas como apoio para o filme.
O elenco do filme é bastante conhecido, sendo que dentre os já citados atores ainda conta com Charlize Theron como Mary Embrey. Entretanto, a caracterização de Will Smith foi o que chamou mais a atenção, convencendo nos momentos em que mostra o herói de forma desleixada.
Contudo, houve um recurso que achei interessante num primeiro momento e, talvez, num segundo, mas que se tornou exaustivo ao longo do filme: o simbolismo da águia. Além de ser o símbolo dos EUA, é também uma referência à força e longevidade que se encaixa bem como representação do herói apresentado, mas foi jogada de forma gratuita em vários momentos e perdeu o significado durante a história.
Sobre as mensagens que o filme passa, vi de forma positiva a forma como algumas coisas aconteceram. Uma delas é a importância que as pessoas dão à opinião dos outros, mesmo elas sendo superpoderosas e livres para fazer o que quiserem. Já outra mensagem que achei interessante (mas que não sei se foi intencional) é a naturalidade que se deve ter diante do fim e início de novos ciclos. Pode-se abstrair essa situação da vivência entre Hancock e sua ex-esposa, que foram destinados a ficar juntos mas que em certo momento foi necessário se separarem, o que foi positivo para ambos.
Hancock é um filme que diverte e que pode proporcionar algumas reflexões que não são tão vistas no cinema atualmente. Porém, mesmo apresentando um mundo com seres poderosos, é necessário desligar o senso crítico em alguns momentos que serviram apenas como alívio cômico, como a “punição” dada por Hancock aos detentos. O filme se encontra no catálogo da Netflix no momento em que este texto foi escrito e pode ser interessante de ver num momento de descontração, caso goste das temáticas que ele apresenta.
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