Liga da Justiça Sombria: Guerra de Apokolips é a mais recente animação da DC Comics, e encerra a sequência de filmes animados lançados desde Ponto de Ignição. O filme apresenta uma Liga da Justiça que, cansada dos ataques de Darkseid, decide surpreender o vilão em seu próprio planeta. Porém o vilão toma conhecimento da investida e prepara a maior e mais brutal derrota da equipe de heróis.
O filme possui uma conexão direta com o final de O Retorno do Superman e vai direto ao ponto, dispensando muitas introduções. É bom para quem acompanhou a história que foi construída, mas não abandona quem não assistiu aos filmes anteriores, e deixa o contexto simples de ser entendido pelo público em geral.
A história gira em torno do ataque desastroso da Liga da Justiça em Apokolips e das consequências para os personagens. Além disso, retrata o peso da má decisão do Superman à frente da Liga — uma escolha bastante positiva do roteiro, visto que mudou a posição do herói dentro da equipe. Ele deixa de ser apenas o “peso-pesado” dos mocinhos para se tornar o líder que todos esperavam.
Tendo em vista que o filme visa um fechamento do universo animado, a história nos mostra não apenas a equipe principal de heróis, mas também todas as demais equipes apresentadas nos filmes anteriores, como: Jovens Titãs, Esquadrão Suicida, Liga da Justiça Sombria e até outros membros da Bat-família.
Apesar de haver certo protagonismo de Constantine, o título do filme não se deve apenas a isso, mas também ao clima sombrio que carrega desde o início, seja com os diálogos mais sérios e com pouca margem para alívios cômicos, seja com as graves consequências causadas pelos atos dos heróis. O tom mais sério é bastante coerente, uma vez que o cenário nunca antes foi tão desolador para esses personagens (pelo menos nessa realidade).
Outro ponto positivo do filme é a participação de Darkseid, que causa bastante impacto em cada aparição, mostrando que, como ele próprio diz em Liga da Justiça: Guerra, sua chegada representa o “fim”. Contudo, o mesmo não pode ser dito de alguns outros elementos inseridos no filme, como a Poltrona de Mobius, que, a despeito de seu grande potencial na trama (e até para filmes futuros), não serviu para muita coisa além de ser um assento voador.
Algumas conveniências narrativas na parte final do filme, como a recuperação e até ressurreição de alguns personagens, foram pontos que não contribuíram positivamente para a obra. Além disso, tive a impressão de que certas lutas, mesmo não sendo ruins, poderiam ter sido muito melhores.
Em relação ao conjunto das animações, gostei do traço utilizado, ainda que não se compare ao de algumas HQs, pois precisou ser padronizado para trazer a sensação de que tudo faz parte do mesmo universo. No mais, gostei da introdução e do desenvolvimento de alguns personagens nas animações, como o Damian Wayne.
Ainda sobre o universo compartilhado, também gostei da sua construção ao longo dos anos e, apesar de perceber alguns “furos” entre um filme e outro, achei que foi bem planejado e executado desde o início. Como prova disso, desde o começo são perceptíveis indícios de que havia algo de diferente nos personagens — como no caso do Superman, mais “humano” que o habitual em certos momentos —, indicando que o Universo realmente estava diferente e que isso poderia ter graves consequências para o futuro.
Liga da Justiça Sombria: Guerra de Apokolips não é perfeito, mas prende do início ao fim e encerra um ciclo interessante nas animações da DC, que, ao contrário do Flash, não precisou “resetar” tudo para ter um futuro melhor. Com certeza merece ser assistido.
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