O Maior Assalto é uma série baseada em fatos reais em que, ao longo de seis episódios, podemos acompanhar um assalto milionário ao Banco Central da Colômbia, do planejamento à execução. Após ter visto tudo, diria que é uma série para o tipo de pessoa que quer ver algo tranquilo, mas ao mesmo tempo com umas pitadas de ação.
A proposta da série não é ser engraçada, mas, em muitos momentos, dei várias risadas com as trapalhadas que os personagens acabam criando. Tudo começa com Chayo (Andrés Parra), ex-assaltante de banco, que estava angustiado por não ter dinheiro para pagar suas contas. Diante disso, ele convida seu amigo Molina (Christian Tappan) — que também já havia tentado roubar um banco — para embarcarem em um último desafio: assaltar o banco central da Colômbia.
Dessa forma, inicia-se o planejamento. O líder Chayo escolhe os participantes da sua equipe de forma estratégica, onde cada pessoa tem uma influência importante na sua vida social para que a execução possa ocorrer de forma eficiente e todos saiam milionários.
O roubo ao banco acontece conforme o esperado, logicamente. Há alguns sustos, mas nada demais. Algumas pistas são deixadas para trás sem intenção, o que ajudaria a polícia a iniciar as investigações atrás da quadrilha. O assalto se torna o assunto do momento na Colômbia e ganha uma enorme repercussão, alimentando a vontade dos investigadores de pegar todos os envolvidos.
A atuação do elenco em O Maior Assalto não é muito boa. Faria muito mais sentido em um filme de comédia com ação do que em uma série que busca demonstrar como foi impactante o maior assalto da história do país. Devido a isso, as atuações quebram um pouco a seriedade do tom que a série queria criar.
Os raros momentos de emoções começam durante a execução do assalto e atingem seu ápice enquanto a quadrilha foge. Algumas coisas saem do que era esperado e os personagens têm que improvisar para conseguir fugir da polícia com 24 bilhões de pesos em espécie. Com essas surpresas, os ladrões se desestabilizam e acabam perdendo o controle de algumas coisas.
A sacada mais genial, que normalmente acontece pelos bandidos em ficções, aconteceu por parte do governo, que criou um mecanismo para tornar inválidas as notas roubadas. Isso causaria uma grande movimentação em todo o país e uma revolta dos chefões financiadores do assalto, visto o grande prejuízo que tiveram.
Acho que O Maior Assalto é uma série básica e está abaixo das outras obras do mesmo gênero, como, por exemplo, a aclamada série La Casa de Papel. Além disso, poucos efeitos especiais foram preparados e a proposta de contar a história real foi executada de forma bem reduzida, podendo-se desenvolver mais detalhes.
O final pouco surpreendente não instiga o telespectador a ficar naquele tom de apreensão que o final dessas séries de assalto organizado costuma ter. E, confesso, essa foi uma das piores coisas para mim. Poderia ter uma pitada a mais de ação e cenas aplicadas num contexto mais adequado para a finalidade de roubar o banco. A temporada finaliza sem aquele gostinho de “quero mais” e sem muitas brechas, o que leva a entender que O Maior Assalto não terá uma próxima temporada.
Mais sobre SÉRIES
Puxadinho Cast #110 | One Piece (Netflix)
A Netflix finalmente lançou a adaptação em live action de One Piece. Em meio a desconfianças, a série conseguiu superar …
Puxadinho Cast #108 | BBN Especial: Indicados Emmy 2023
Neste Beyblade News especial, nós comentamos os indicados do Emmy 2023 e quais são nossas expectativas para essa premiação. Dá …