A franquia Power Rangers iniciou em 1993 como uma versão ocidental dos Super Sentai. Novas temporadas continuam sendo produzidas e adaptadas até os dias atuais, mantendo uma parte do público mais velho que acompanha desde a primeira. Além disso, Power Rangers também ainda conquista novas gerações, tanto na série de TV como no universo expandido dos jogos e HQs. E, para comemorar os 30 anos da estreia de sua primeira temporada, a Hasbro produziu o especial Power Rangers: Agora e Sempre com distribuição mundial pela Netflix. Será que foi um bom jeito de homenagear esse aniversário?
Ao tentar trazer o seu mentor de volta, Billy acaba ressuscitando a Rita Repulsa, que volta em uma nova forma mais poderosa e focada em se vingar dos Power Rangers. Em sua investida contra os heróis, Trini morre, enquanto Tommy e Kimberly são capturados pela vilã. Caberá, então, a Billy e Zack unir forças para enfrentar essa ameaça com um time desfalcado. Enquanto isso, Minh, filha da Trini, faz de tudo para assumir o legado de sua mãe ao lado dos Rangers e buscar vingança.
Apesar de estar classificado como filme na plataforma da Netflix, esse especial dura por volta de 55 minutos e parece apenas um grande episódio de Mighty Morphin Power Rangers. Vendido como um grande evento reunindo os primeiros Rangers, a história tem um escopo bem pequeno com foco no arco da Minh e na luta contra a Rita — que, como de costume, traz dois monstros capangas para fazer o seu trabalho sujo. Os cenários se resumem ao centro de comando, à casa da Minh e à tradicional academia. Não dava pra esperar muito, por se tratar de Power Rangers, que sempre teve essa proposta de ser algo mais simples, mas o trailer prometia uma trama bem mais complexa.
Agora e Sempre é um clássico episódio de Power Rangers, com poucas diferenças. Os efeitos especiais estão melhores que os padrões dos episódios antigos, porque se passaram 30 anos afinal, mas ainda deixam muito a desejar. Isso deixa evidente o baixo orçamento que a produção teve. As atuações nunca foram um ponto forte da franquia, e isso é mantido no especial. Além do elenco bem fraco e sem expressão, os diálogos são muito mal escritos e, em certo ponto, bem infantis. Mesmo a série sendo voltada para o público infantil, dava para pôr um pouco mais de esmero no roteiro e dar mais profundidade à história, tendo em vista que a maior parte do público real seria de adultos nostálgicos marcados por esses personagens.
Os filmes de 1995 e 1997 tiveram tramas melhores com um escopo muito maior e empolgaram mais. Até o senso de perigo e urgência é quase inexistente nesse especial. A sensação que fica é que tudo isso foi só para não deixar a data passar em branco. Mesmo assim, dá para passar o tempo e se distrair com Power Rangers: Agora e Sempre, aproveitando para reviver um pouco da época de infância.
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