Ao receber a notícia de que sua mãe acabou de falecer e seu padrasto fará de tudo para tomar a herança que ficou para ela e sua irmã, uma garota, Baby Doll (Emily Browning), tenta proteger a irmã, mas a mata acidentalmente. Devastada pela situação em que vive, ela é levada a um sanatório para ser lobotomizada, mas, antes, enfrentará ameaças inimagináveis, no melhor estilo cyberpunk, para escapar ao lado das suas amigas e alcançar a tão sonhada liberdade.
Esse é um resumo de Sucker Punch – Mundo Surreal, de Zack Snyder e, portanto, como é de se esperar do diretor, é um filme de ação recheado de cenas em câmera lenta, que sempre divide opiniões mundo afora. Enquanto alguns o veem como apenas uma obra feita para dar vazão às ideias mais loucas do Snyder, outros o veem como um cyberpunk cheio de significados e mais profundo do que o grande público pode perceber.
Sucker Punch, para muitos, nada mais é do que uma forma que Snyder encontrou de extravasar e tentar fazer um misto de A Origem com samurais, zumbis soldados, dragões, orcs e robôs – o que, em parte, não deixa de ser verdade. Mas, para que não seja apenas mais um filme de ação, o diretor tentou inserir alguns simbolismos em certas ocasiões, como o aparecimento do “coelho” em alguns objetos e máquinas, talvez para estabelecer uma relação com Alice no País das Maravilhas e relembrar o espectador de que aquilo tudo ainda é um sonho e que a verdadeira luta não está acontecendo naqueles cenários surreais, mas no sanatório. Ponto positivo para o filme!
Porém, se as analogias são coisas interessantes de se ver e pensar, o mesmo talvez não se pode dizer da protagonista, que na maioria das cenas era pouco expressiva. O que não seria, necessariamente, um ponto negativo para a atriz, pois pode ter sido uma decisão de roteiro, talvez para mostrar que a Baby Doll foi perdendo parte de si mesma ao longo das terríveis experiências que teve no sanatório.
Sobre as cenas de ação, foram bem coreografadas e conseguem prender bem o público. E, por mais que seja um recurso extremamente utilizado nos filmes do Snyder, as batalhas em câmera lenta combinadas com a trilha sonora que é tocada nessas ocasiões conseguem divertir bastante o espectador. Nessas ocasiões, o destaque vai para Abbie Cornish, que consegue alternar bem entre a garota fragilizada do mundo real e a lutadora durona da realidade alternativa.
Sucker Punch é um filme que não teve boa recepção dos críticos e, de fato, se assistir ao longa com a expectativa de encontrar uma versão “Michael Bay” de A Origem (o que não seria necessariamente bom), talvez você acabe se frustrando com o que vai encontrar. Mas, se buscar um filme para se entreter e, de quebra, “caçar” algumas referências à cultura pop, é uma obra que vale a pena ser assistida.
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