Neste mês, celebramos o Orgulho LBGTQ+. Mais do que pelo direito de amar, a comunidade luta pelo direito de existir, de ter o respeito de todas as pessoas, sem serem julgados previamente por algo que não é uma escolha. Hoje em dia a produção de conteúdo voltado para o público é bem grande – ainda bem –, e por isso trouxe algumas das obras que eu mais curti. Espero que vocês gostem também!
1. Moonlight: sob a luz do luar (2016)
Somos apresentados a três momentos da vida de Chiron, um jovem negro morador de uma comunidade pobre de Miami. Em sua jornada de autoconhecimento, ele encara o bullying na infância, passa por crises identitárias na adolescência e a tentação do universo do crime e das drogas. Ainda assim, ele encontra amor em locais surpreendentes. É um filme extremamente sensível, emocionante e muito comovente.
2. Hoje eu quero voltar sozinho (2014)
Leonardo (Ghilherme Lobo) é um adolescente cego que precisa lidar com a mãe superprotetora enquanto luta por sua independência. Quando Gabriel (Fábio Audi) chega em seu colégio, novos sentimentos começam a surgir em Leonardo, fazendo com que ele descubra mais sobre si mesmo e sua sexualidade.
Este é o desenvolvimento do curta-metragem Eu não quero voltar sozinho (2011), que foi um sucesso e que, particularmente, eu prefiro ao filme por ser mais denso.
3. Carol (2015)
Ambientado nos anos 1950, foi baseado no romance The Price of Salt (1952), traduzido como Carol, de Patricia Highsmith. O filme conta a história de Therese Belivet, que tem uma vida comum e é empregada de uma loja de departamentos. Um dia, ela conhece Carol, uma elegante e misteriosa cliente, com a qual se envolve. Infelizmente, não demora para que as consequências negativas desse envolvimento apareçam na vida das duas.
Leia nossa resenha completa:
4. Desobediência (2017)
Ronit (Rachel Weisz) precisa voltar para sua cidade natal após a morte de seu pai, um rabino. Uma vez de volta, ela recorda a paixão proibida pela melhor amiga de infância, Esti (Rachel McAdams), que ainda vive numa comunidade reclusa. As duas exploram os limites da fé e da sexualidade. Profundo e sincero, a atuação das duas nada deixa a desejar. É uma história envolvente que divide pontos de vista em relação a religião e sexualidade.
5. A garota dinamarquesa (2015)
Na Copenhague de 1926, os artistas Einar e Gerda Wegener se casam. Gerda (Alicia Vikander) então decide vestir Einar (Eddie Redmayne) de mulher para pintá-lo e isso fez com que ele se percebesse de outra forma.
Einar começa a mudar sua aparência, transformando-se em Lili Elbe. Com o apoio, ainda que conturbado, da esposa, ele passa por uma das primeiras cirurgias de mudança de sexo da história para tentar se transformar por completo em Lili e recuperar o gosto pela vida.
6. Tomboy (2011)
Laurie, uma menina de 10 anos com dificuldades de socializar, se muda para um novo bairro. Lá, ela se passa por Michael para fazer amizade com as crianças da vizinhança. A partir daí, há uma crescente conexão com a amiga Lisa, única garota do grupo. Contudo, o nome de Michael não está na lista da sala de Lisa para a volta às aulas e algumas incongruências começam a surgir. Quando a mãe de Laurie descobre, então, as coisas não ficam nada bem.
7. Queda Livre (2013)
Um filme alemão protagonizado por Max Riemelt – Wolfgang de Sense8 –, que interpreta Kay Engel. Marc Borgmann conhece Kay e se descobre tendo sentimentos diferentes pelo colega de profissão. Até aí tudo bem, não fosse a namorada grávida de Marc e a homofobia dos colegas e da instituição policial na qual eles atuam.
8. Imagine Eu e Você (2005)
No dia do seu casamento, Rachel (Piper Perabo) conhece a florista Luce (Lena Headey) e sente uma forte atração por ela. Ao se reencontrarem, a amizade entre as duas cresce e, junto com ela, as dúvidas de Rachel em relação ao seu casamento. Ao saber que Luce é lésbica, sua vida vira do avesso.
Obs.: Piper Perabo interpretou outro filme LGBTQ+ – que não tem um final tão feliz – quando era mais jovem, Assunto de Meninas. E você provavelmente deve se lembrar melhor da Lena como Cersei Lannister.
9. Praia do Futuro (2014)
Estrelado por Wagner Moura, que interpreta Donato, o filme traz a história de um salva-vidas que trabalha na Praia do Futuro (Ceará). Seu irmão caçula tem grande admiração por ele por causa de sua profissão. Uma das pessoas salvas por Donato é Konrad, um alemão de olhos azuis que muda por completo a vida dele. É quando Ayrton (Jesuíta Barbosa), querendo reencontrar o irmão, parte para Berlim.
10. Flores Raras (2013)
Elizabeth Bishop (Miranda Otto) é uma poetisa insegura e tímida, que só se sente à vontade ao narrar seus versos para o amigo Robert Lowell. Em busca de algo que a motive, ela resolve partir para o Rio de Janeiro.
Lá, ela passa uns dias na casa de uma colega de faculdade, Mary (Tracy Middendorf), que vive com a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares (Glória Pires). A princípio Elizabeth e Lota não se dão bem, mas logo se apaixonam, é quando começa o drama na vida das envolvidas nesse triângulo.
11. Duck Butter (2018)
Duck Butter é um filme americano de comédia experimental dirigido por Miguel Arteta. Naima (Alia Shawkat) e Sergio (Laia Costa), ambas artistas, se conhecem e decidem viver um relacionamento e não desgrudar por 24h seguidas. Tudo isso com uma condição: elas serão sinceras uma com a outra, haja o que houver. O filme explora a superficialidade e a desonestidade dos relacionamentos modernos.
12. The Feels (2017)
O filme gira em torno de um casal de namoradas, Lu (Angela Trimbur) e Andi (Constance Wu), que está prestes a se casar. Elas convidam seus amigos para um fim de semana em uma casa de campo, mas algumas coisas não saem bem como o esperado. Algumas revelações trazem dúvidas para a relação das duas e se o passo que elas darão realmente é o mais certo a se fazer.
13. Poucas Cinzas (2008)
Poucas Cinzas é um filme poético que nos apresenta à relação entre dois dos artistas mais renomados da Espanha: o poeta Federico García Lorca (Javier Beltrán) e o pintor surrealista Salvador Dalí (Robert Pattinson). A fotografia do filme, que é sensual e delicada, explora bastante a abstração. A narrativa se aprofunda na construção psicológica dos personagens e no momento histórico que ocorria na Espanha durante o seu relacionamento.
14. Elisa e Marcela (2019)
É um filme espanhol de drama biográfico dirigido por Isabel Coixet. Ele traz a história da única união homoafetiva entre mulheres reconhecida pela igreja, em 1901. O filme aborda o relacionamento das duas, a descoberta da sexualidade e o preconceito das pessoas que a cercavam, mas também nos traz esperança e fé no amor e no que ele é capaz de fazer as pessoas superarem.
Leia nossa resenha completa:
15. Amor por Direito (2015)
Diagnosticada com uma doença terminal, Laurel Hestel (Juliane Moore), uma policial dedicada, luta para que sua esposa Stacie Andree (Ellen Page) receba os benefícios de sua pensão após a sua morte. A luta começa quando as autoridades não querem reconhecer a união homoafetiva. Toda a unidade em que Laurel trabalha se une a ela nessa luta, assim como outras pessoas que a conhecem e ativistas pelos direitos LGBTQ+.
Lista completa no Letterboxd.
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