Adaptações live action de animes e mangás são sempre uma incógnita. Depois de tantas tentativas fracassadas, tendemos a entortar os olhos quando um novo projeto é anunciado. Depois do live action de Full Metal Alchemist, chega à Netflix a adaptação cinematográfica de Bleach. Com muita relutância, após um trailer bem esquisito, decidi assistir ao filme para ver se seria tão ruim quanto as adaptações anteriores.
O filme é uma produção japonesa da Warner Bros dirigida por Shinsuke Sato e conta com Sōta Fukushi no papel do protagonista Ichigo Kurozaki lançado no Japão no dia 20 de julho de 2018 e distribuído mundialmente pela Netflix no dia 14 de setembro.
Bleach conta a história de um jovem de 15 anos que tem a habilidade de ver e se comunicar com fantasmas. Ao conhecer a misteriosa shinigami Rukia Kuchiki, desenrola-se uma sequência de eventos que o fazem assumir os poderes de shinigami e proteger as pessoas, vivas ou mortas, dos espíritos malignos, os Hollow.
O filme surpreende pelo grau de fidelidade que tiveram com o material original. As caracterizações dos personagens estão incríveis com uma ou outra mudança em suas personalidades. Isso acontece de tal forma que logo são associados com seu paralelo na versão do mangá/anime. Ele também é muito fiel em relação à trilha sonora. Em alguns momentos específicos são tocados sons muito característicos de suspense, ação, etc tocados no anime.
O que mais me deixou apreensivo com esse filme foi se conseguiriam mostrar bem os Hollow, mas foram muito bem-feitos e convencem como algo que poderia existir no mundo real. Para um projeto com orçamento baixo em relação a outros filmes do gênero, conseguiram realmente entregar um bom trabalho de CGI.
As cenas de ação, em particular as lutas entre shinigami, também estão muito boas. A movimentação dos personagens e sua velocidade capturam bem o que é visto na versão animada. Única coisa que faltou para explodir cabeças de vez foi o grito icônico dado por Ichigo em uma das grandes lutas do anime.
Por causa de um histórico de adaptações ruins de anime, percebe-se uma certa timidez em explorar o universo de maneira mais profunda com ganchos mais fortes para despertar a ansiedade para uma continuação. Um evento em particular com potencial para ser esse cliffhanger se resolve dentro do próprio filme, o que dá a impressão de uma coisa episódica, “engarrafada”.
Como toda adaptação, seja de livro ou anime, houve alterações em cenas e acontecimentos, mas que mantém a essência do original. Para quem é fã de Bleach e não se incomoda com eventuais mudanças, esta é uma adaptação que vale a pena assistir. E, para quem não conhece, pode despertar a curiosidade para conhecer o original. Eu confesso que depois disso fiquei muito afim de rever os episódios.
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