O Contador fala sobre a história de Christian Wolff, um homem autista que mantém algumas empresas de fachada para esconder o seu real trabalho: cuidar da contabilidade de grandes organizações criminosas. Entretanto, após ser contratado para um serviço em uma empresa de robótica, ele descobre um crime financeiro e se envolve em uma trama mais complexa do que imaginava.
A premissa do filme parece realmente interessante, tanto que, quem nunca assistiu e o conhece, tem vontade de assistir, o que é um ponto positivo para o trailer que vendeu o longa muito bem, seja pelas cenas que mostrou ou pela trilha sonora que prometia bastante, ao som do Radiohead. Entretanto, o que ele trouxe não atendia todas as expectativas.
Ben Affleck consegue interpretar bem o protagonista (na medida do possível), visto que, apesar de retratar bem os seus dilemas e suas habilidades excepcionais como “supersoldado-gênio”, teve algumas variações no comportamento deste sem muita justificativa, como quando ele trata sua colega Dana (Ana Kendrick) de forma fria em um momento, e se sente à vontade para conversar com ela poucos instantes depois, o que pode ter sido um problema de roteiro. Entretanto, as atuações de Ana, J.K. Simmons e Jon Bernthal foram muito boas, convencendo o telespectador de cada emoção que as personagens traziam.
Sobre as sequências de ação do filme (sim, esse não é apenas um filme de drama), elas foram muito bem coreografadas, ponto para o Ben, já que este tem certa experiência com esse tipo de cena. Além disso, as cenas de flashbacks da infância de Christian e seu irmão, rigidamente disciplinados por seu pai para tornarem-se os “soldados perfeitos”, são algumas das melhores coisas do filme. O que não se pode dizer de algumas subtramas que foram colocadas, como a história da analista do tesouro nacional, de ficha suja, que pode facilmente ser descartada sem prejudicar o enredo principal.
Algo que me surpreendeu foram os plot twists colocados nos momentos finais, tanto o que envolvia o agente do tesouro, como o que envolvia diretamente o protagonista, mas que gerou uma resolução inesperada para o conflito final, o que achei bastante questionável.
Por fim, posso dizer que o filme não é tudo o que se espera, mas também não se encaixa em todas as críticas que se ouve por aí (que em sua grande maioria são negativas). O Contador tem uma boa história e pontos positivos que fazem valer a pena a experiência de assisti-lo, deixando brechas para uma sequência que, se depender da crítica, nunca vai sair.
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