[Possui Spoilers de Arkham Asylum, mesmo que leves, leia com cuidado.]
Continuando a saga do maior detetive do mundo, hoje daremos prosseguimento com Arkham City, o segundo jogo da série Arkham, e também um dos jogos mais esperados de 2011, principalmente depois do sucesso estrondoso de Arkham Asylum. Nesta análise levarei em consideração não a primeira versão do jogo, mas sim a versão GOTY (Game Of The Year), já que a mesma acrescenta bastante ao jogo trazendo para nós o controle e jogabilidade da Mulher-Gato e de Robin, acrescentando bastante à história. Nesse último caso (jogatina de Robin), farei um texto especial e menor, visando evitar “grandes spoilers” aqui, e dando uma atenção maior a essa DLC.
O jogo repete grande parte da fórmula que já vimos em Asylum, e não, isso não é uma falha, visto que ela deu muito certo no primeiro jogo. Porém as inovações vistas fazem esse jogo se tornar uma primazia em jogos de super-heróis, principalmente naquela época onde as apostas para esses jogos geralmente traziam resultados desastrosos.
Arkham City é uma continuação “direta” dos eventos vistos em Arkham Asylum, ocorrendo cerca de um ano depois. Hugo Strange, dessa vez um dos principais vilões do jogo, expande Arkham transformando-a em uma super prisão para aqueles considerados “Psicopatas e mais perigosos da cidade”, o problema é que, nessa expansão, diversos bairros de Gotham City acabam sendo convertidos nessa prisão, criando oficialmente uma cidade prisão. Strange, não contente com isso, começa a usar também a cidade para executar seus planos e testes, começando a prender nela não apenas criminosos, mas quaisquer pessoas que pudessem vir a ser um empecilho para seus objetivos.
Nessa situação, temos a apresentação de Bruce Wayne (inclusive podemos controlar ele no jogo, mesmo que por pouco tempo). Bruce está entrando nos caminhos da política se colocando contra o projeto Arkham City, porém, em uma coletiva que está participando sobre isso, ele acaba sendo sequestrado e encarcerado na cidade prisão.
Diante dessa situação, somos convidados a investigar e descobrir o que está ocorrendo de verdade dentro da cidade, desvendar os reais planos de Strange e, claro, nos manter vivos. Por falar em se manter vivo, Arkham City é um jogo tão incrível que desenvolve não apenas uma, mas várias narrativas em torno do que está ocorrendo na cidade, tornando o enredo digno dos filmes de Nolan.
A segunda principal narrativa acontece quando descobrimos que Strange não é o único que está tramando algo na cidade. O Coringa, que se manteve relativamente quieto desde sua derrota no Asilo, tem estado “estranho” e rumores apontam que ele está doente. Apesar disso, o vilão apronta mais uma das suas ao tentar assassinar a Mulher Gato em um momento de descuido. Ao investigar seus motivos, o morcego acaba entrando em uma situação literal de vida ou morte, ligada aos eventos do jogo anterior. Devido à ingestão da Toxina Titan, utilizada pelo palhaço no jogo anterior, diversas consequências foram geradas para o palhaço, e resta ao Batman descobrir como revertê-las, principalmente quando é demonstrado a real escala do problema.
Apenas com esses relatos, a história do jogo já parece ser interessante e grande o suficiente não é mesmo? Porém essa não é nem metade das coisas que ocorrem em Arkham City. Apesar de não Gotham City, pela primeira vez vemos fielmente em um jogo o real desenrolar de como é Gotham. Uma cidade caótica e obscura, dominada por gangues, psicopatas e loucos. A atmosfera da cidade é incrível e não apenas isso, a cidade toda tem vida. Enquanto progredimos pelo jogo, diversos eventos, sejam eles menores ou de grande proporção, se desenrolam, atraindo a atenção de nosso querido herói para solucioná-los.
O número de missões secundárias é bem maior comparado a Asylum, e a profundidade dessas missões também. O jogo mostra que é sim possível inserir diversos vilões em um jogo só, dando a devida profundidade (mesmo que menor) para cada um deles e ainda assim entregar missões que são interessantes (algumas até mesmo incríveis). A gama de vilões nesse jogo é realmente grande: Zsasz, Dead Shot, Mr Freeze, Charada são apenas uma pequena lista do que enfrentaremos no decorrer da história. Inclusive, os enigmas do Charada e seu desenrolar se tornaram ainda mais interessantes e menos repetitivos. Ainda são um pouco cansativos, não dá para negar que o fator recompensa vindo por resolvê-los se tornaram bem melhor.
Como disse no início, o jogo segue a mesma fórmula de seu anterior, inclusive na jogabilidade, melhorando apenas pontos necessários, polindo algumas mecânicas e trazendo novidades tanto em combate, movimentação e equipamentos.
O combate, que já era exuberante, tornou-se ainda melhor e fluido. A possibilidade de combinar seus golpes, contra-ataques e equipamentos em meio à luta, criando combos assustadores com o simples apertar de um botão faz com que qualquer pessoa realmente se sinta controlando um exímio lutador. Apesar disso, ainda é necessário ter estratégia e pensar em cada ação, pois com o decorrer da campanha os combates vão se tornando também mais desafiadores, afinal de contas, não teria graça se todos os combates fossem tão fáceis de vencer.
O Stealth não teve tantas mudanças, recebendo grande parte delas através dos novos equipamentos adicionados. Inclusive, por ser uma sequência direta, começamos com praticamente todos os equipamentos que adquirimos durante a jogatina do primeiro game (não é obrigatório ter um save do mesmo para ter os equipamentos). A diferença é que algumas novas melhorias foram adicionadas, tanto em funcionamento quanto disponíveis para compra, já que o jogo mantém suas pitadas de RPG em questão de evolução de nível e compra de habilidades.
O modo detetive também foi aprimorado, dessa vez trazendo um pouco mais de investigação e demonstrando mais como esse grande detetive pensa. Ainda é aquela questão de encontrar pistas e seguir o caminho, porém a forma como as coisas foram colocadas deram uma imersão um pouco maior a esses momentos. Os gráficos do jogo, que já eram bonitos no primeiro, também foram melhorados. Para a época eles eram muito bonitos (ainda hoje) e o nível de detalhes com que os personagens e os locais da cidade foram construídos é absurdo.
E a cidade, “- ahh, que cidade”. Como já disse, Arkham City é incrível, mas não apenas isso, comparada a Arkham Asylum e para a época, ela é gigante (Fiz a menção a época, pois hoje não é o maior mapa da saga, ainda assim o avanço foi considerável comparado ao primeiro jogo). Diversos locais já conhecidos dos fãs podem ser vistos e visitados, a cidade realmente é grande e a possibilidade de voar por ela é muito boa. Inclusive, essa foi uma das adições, já que agora podemos praticamente “voar” pela cidade toda, com auxílio de nosso arpéu e do melhorado sistema de planar com a capa que existe no jogo.
Não posso esquecer de dizer, além de controlarmos o Morcego, durante a campanha (caso tenha a versão GOTY ou a DLC) também controlamos em alguns momentos Selina Kyle, a Mulher Gato e um dos interesses amorosos do nosso herói. A jogabilidade com ela também é ótima e não é apenas uma cópia do combate e da movimentação do Batman, com Selina temos uma jogabilidade bem mais leve, veloz e acrobática, combinando com o perfil da personagem. Além disso, ela nos dá uma visão diferente e paralela aos eventos que estão ocorrendo na cidade, complementando a história.
Citar mais pontos do jogo seria apenas repetir uma fórmula que, creio eu, depois de terem jogado e lido os dois textos dessa saga vocês já conhecem. O jogo continua sendo uma enciclopédia completa e obrigatória para aqueles que se dizem fãs do herói, dessa vez trazendo ainda mais elementos e informações sobre diversos personagens. O jogo superou e ainda supera todas as expectativas esperadas para um jogo de heróis como diversos jogos não faziam, e alguns até hoje não fazem. Por isso, mais do que nunca, recomendo esse jogo para você que está em dúvida se deve ou não comprar, principalmente porque promoções para conseguir tanto esse jogo quanto a saga completa são bastante comuns, então corre lá e compra porque você não sabe o que está perdendo!
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