Em plena década de 80, Ferris Bueller (Matthew Broderick) está prestes a entrar na vida adulta e adota como filosofia de vida o carpe diem, sempre fingindo estar doente para matar as enfadonhas aulas da escola, junto à sua namorada Sloane e o seu amigo Cameron.
O longa dirigido por John Hughes não teve críticas tão positivas na época de seu lançamento, porém se tornou um clássico do cinema dos anos 80, sendo considerado por muitos, o maior filme adolescente daquela década. O que não é de se admirar, pois é um filme que o público não se cansa de assistir, mesmo após tantas exibições nas mídias de massa.
Entretanto, mesmo se tornando um filme tão aclamado, isso não quer dizer que ele é perfeito. Na verdade, mesmo para aquela época, era bastante caricato, seja pelo “vilão” que sempre é feito de bobo, seja pelo protagonista que sempre consegue se safar de qualquer problema, ou pelas surpresas que surgem e que não tem explicação.
Porém, mesmo que alguns personagens não sejam tão bons, outros elevam o longa a um nível que muitos ainda não se dão conta, nos trazendo a reflexão de que o foco não era Ferris Bueller, mas sim o seu amigo Cameron, pois, durante toda a trama, Ferris direcionava seus esforços para ajudar o seu amigo a sair da rotina depressiva em que se encontrava, o que ficou ainda mais claro após um questionamento de Sloane ao final da obra.
Além disso, de todos os personagens, o único que foi digno de ser desenvolvido foi Cameron, que iniciou a história como um jovem hipocondríaco e sem coragem para enfrentar os seus problemas em família, e finalizou como alguém que finalmente tem atitude para lidar com a vida adulta.
Outro ponto a se destacar é a trilha sonora, que não é nada convencional, com músicas que marcaram época, como “Oh, Yeah” e “Twist and Shout” e que consagraram algumas das suas cenas na história do cinema, como a cena do desfile e a cena pós-créditos.
Por fim, pode-se dizer que Curtindo a vida adoidado é um clássico do cinema, e que foi um dos pioneiros na mescla entre uma atuação teatral e a da grande tela, com a quebra da “quarta parede”. Além disso o filme dita o ritmo das comédias adolescentes da época e serve de inspiração para diversas outras produções que utilizam referências desse longa (como Deadpool). Talvez o filme não seja mais tão atual como dizem, mas é inegável que Ferris foi e continua sendo o precursor de muitas coisas na cultura pop, mesmo com tantos anos após o seu lançamento.
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