No mês da Visibilidade Lésbica, trouxe para vocês algumas minisséries brasileiras para exaltarmos o trabalho das “minas” que não têm um orçamento gigante, mas que nada deixam a desejar e fazem um trabalho excelente. De quebra, valorizamos a arte e as produções brasileiras!
Mas, se você achou que eu não ia falar de The L Word Generation Q, achou errado! Não poderia deixar de lado esse ícone com o qual eu cresci – vendo a primeira versão de 2004 a 2009 – e reforçar a indicação dela também.
Antes de entrar nas indicações, vou falar um pouco sobre a história do Dia Nacional da Visibilidade Lésbica. A data foi criada há 24 anos (1996), quando ocorreu o 1° Seminário Nacional de Lésbicas (antigo Senale, hoje Senalesbi). A intenção é dar visibilidade à existência da mulher lésbica, às violências sofridas por elas e às pautas que o movimento reivindica. Então bora lá!
1. Red (2014)
Escrita por Viv Schiller e Germana Belo, Red foi a primeira série brasileira a retratar como trama principal um relacionamento homoafetivo entre mulheres. O romance entre Mel Beart (Luciana Bolina) e Liz Malmo (Ana Paula Lima) começa quando elas – ambas atrizes – se envolvem durante a gravação de um curta-metragem. É uma história muito bonita e interessante de mulheres maduras que possuem diversas questões que estão aquém do romance.
Red foi lançada em 2014 e tem cinco temporadas, com a sexta (e última) em andamento. A série foi feita através de um crowdfunding e possui admiradores nacionais e internacionais. Cada temporada possui cerca de oito episódios, que duram cerca de 8 minutos. Garanto que passa rapidinho e você vai ficar querendo mais. Red foi indicada em várias categorias no Rio Webfest, no NYC Web Fest, etc. e ganhou vários prêmios, assim como as protagonistas.
Red está disponível no Vimeo, enquanto todas as outras séries da lista podem ser encontradas no YouTube.
2. Septo (2016)
Septo é uma websérie potiguar que conta a história de Jéssica (Alice Carvalho), uma triatleta que enfrenta um câncer, doença que acometeu e matou sua mãe. Vivendo só com o pai e uma vida cheia de regras, Jéssica conhece Lua (Priscila Vilela), uma mulher mais velha, de espírito livre, que a apresenta a outras perspectivas da vida.
A minissérie ambientada em Natal (RN) tem três temporadas e possui uma trilha sonora incrível, composta por artistas nordestinos. A banda que mais gostei foi Canto dos Malditos na Terra do Nunca, que eu já acompanho há algum tempo. Descansar, de CMTN, é a música principal de Septo e se encaixa muito bem na trama.
3. The Stripper (2019)
The Stripper é uma minissérie produzida pela Ponto Ação Produções, uma produtora carioca. É baseada em uma fanfic sobre um suposto relacionamento entre Lauren Jauregui e Camila Cabello, ex-integrantes do Fifth Harmony. A adaptação foi feita pela Priscilla Pugliese, que interpreta a Lauren.
Na história, Camila Smith (Natalie Smith) é uma secretária que possui uma vida secreta em que assume o papel de uma stripper cubana. Na boate Imperium, onde se apresenta, Camila se encontra com Lauren Pugliese (Priscilla Pugliese), que se apaixona pela stripper mascarada. O que ela não sabe é que a tal mulher misteriosa está mais próxima do que ela imagina. The Stripper possui duas temporadas, com a terceira confirmada.
4. Esconderijo (2017)
Depois de oito anos do fim do relacionamento, Raquel (Tatiana Fernandes) volta de Paris e vai encontrar sua namorada Malu (Mirela Pizani), que se mostra cheia de raiva e mágoas. Diante de tantos assuntos mal resolvidos, as duas enfrentam diversos conflitos e isso nos provoca reflexões sobre relacionamentos, a vida, o amadurecimento e como lidar com tantos sentimentos.
Criada por Natália Jannuzzi e Yasmin Campbell, a obra possui três temporadas e foi indicada a diversos prêmios nacionais e internacionais. O elenco conta ainda com a participação da atriz, cantora e compositora Zélia Duncan, como mãe de Malu.
Curiosidade: Yasmin e Tatiana são donas do canal “Tá Entendida?”, em que elas abordam diversos temas das suas vidas enquanto mulheres lésbicas.
5. Magenta (2019)
Após seis anos de relacionamento, Nina (Giul Abreu) e Manuela (Priscila Buiar) se deparam com uma situação completamente inesperada: surge uma terceira pessoa que balança o relacionamento delas. Ao longo da narrativa, a minissérie nos apresenta à história delas e conseguimos compreender os pontos de vista de todas as envolvidas.
Produzida pela Linha Produções, que tem foco na temática lésbica, Magenta possui apenas duas temporadas. A minissérie ainda traz uma trilha sonora original, da banda Zena, que tem Giul Abreu como vocalista. Ela também foi indicada a alguns prêmios no Rio Web Fest e ganhou como melhor elenco de drama.
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