Um dos maiores fenômenos da última década retorna com um novo filme após 13 anos de espera. Avatar volta a fazer barulho com a sequência Avatar: O caminho da água que já soma mais de 2 bilhões de dólares em bilheteria. Mas, afinal, Avatar é uma franquia realmente boa e cativante ou é atrativa apenas por conta de seus visuais, tornando-se apenas um filme bonito e vazio?
Avatar: O caminho da água é extremamente bonito, graficamente e enche os olhos e, ao mesmo tempo, passa longe de ser vazio. O mais novo longa de James Cameron supera muito seu antecessor em questões de enredo e história. Aqui, somos apresentados à família de Jake Sully (Sam Worthington) e Neytiri (Zoe Saldaña) cerca de 16 anos após os acontecimentos do primeiro longa. Essa família e suas relações são o que enchem o filme e nos fazem ficar ainda mais imersos na história apresentada.
Cada um dos 4 filhos do casal que nos é apresentado tem sua própria personalidade e individualidade. E, apesar da trama ser contada sempre do ponto de vista de Jake (sendo, inclusive, narrada por ele em alguns momentos), podemos dizer que os filhos são quem realmente guiam a história. O mais velho, Neteyam (Jamie Flatters e Jeremy Irwin), é focado e responsável pelos seus irmãos; o irmão do meio Lo’ak (Britain Dalton) é rebelde e sempre acha que pode resolver as situações sozinho, já a caçula Tuk (Trinity Jo-Li Bliss) é amável e fofa. O casal ainda tem uma filha adotiva chamada Kiri, que misteriosamente nasceu do avatar da Dra. Grace Augustine (Sigourney Weaver) do primeiro filme.
Ao longo da trama, acompanhamos todos os desdobramentos do final do primeiro filme, onde Jake Sully se torna um Na’vi de fato. Obviamente, essa mudança foi muito benéfica para ele e para sua amada Neytiri, mas, ao mesmo tempo, atraiu ainda mais atenção dos humanos ao planeta Pandora. Em Avatar: O caminho da água podemos explorar mais o planeta e ver o que ele se tornou após a chegada dos humanos. Somos apresentados à tribo da água que, diferente da tribo de Neytiri, que vive nas florestas, estes vivem nas praias e exploram os oceanos de Pandora.
Todos os novos lugares e novos habitantes do planeta são mostrados com uma riqueza incrível de detalhes, permitindo que o espectador se sinta parte da história e vá aprendendo organicamente como tudo funciona. Os Na’vi da água têm um corpo adaptado para sobreviver no ambiente que estão, permitindo que nadem com facilidade permaneçam debaixo da água por um longo período. Ao chegar no novo ambiente, a família Sully terá que se adaptar aos costumes e vivências da nova tribo se quiser permanecer a salvo.
O roteiro do filme está longe de ser dos mais criativos. A trama é pouco surpreendente e tem um vilão que não faz o menor sentido dentro da história, trazendo dos mortos o vilão do filme anterior. O que nos faz ficar vidrados no filme durante suas longas 3 horas e 12 minutos é a interação da família Sully com o novo ambiente, que nos faz descobrir as maravilhas que esse planeta ainda esconde. Tudo isso, obviamente, é mostrado com clareza e com visuais que são dignos de todos os elogios possíveis. Grande parte da duração do filme serve apenas para nos fazer apreciar e contemplar o mundo computadorizado criado por James Cameron. Um dos poucos filmes em que o 3D é utilizado de forma correta, como uma ferramenta para inserir o espectador no mundo de Pandora. Assistindo ao filme, em nenhum momento duvidamos da existência dos personagens ou do mundo ao seu redor.
Ao final pode-se definir essa produção como uma experiência cinematográfica completa. O filme perfeito para assistir no melhor cinema possível, com o melhor 3D possível. Uma trama fácil e emocionante sobre família, mas pouco inovadora, genérica. Um ótimo filme que merece todo o prestígio, mas que talvez não se mantenha no topo ao chegar ao Disney plus para ser assistido em casa.
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