Depois de um atraso de mais de um ano, Viúva Negra finalmente foi lançado. A estreia estava prevista para maio de 2020, mas a Disney decidiu adiar por conta da pandemia. Assim, o filme chegou aos cinemas e à plataforma de streaming da marca em julho de 2021, inicialmente apenas disponível para os que pagarem a mais pelo Premier Access.
No entanto, vamos combinar que a espera por esse longa-metragem supera esse período. Nós, fãs da Marvel, estamos aguardando há anos por um filme da nossa querida Natasha Romanoff, a primeira Vingadora do UCM (Universo Cinematográfico Marvel). Mas sobre o que fala a obra e como ela se encaixa na cronologia da Marvel?
A produção é ambientada após os eventos de Capitão América: Guerra Civil (2016), quando Romanoff ajuda na fuga do Capitão América e do Soldado Invernal e se torna uma fugitiva por violar os Acordos de Sokovia. Dessa forma, Viúva Negra não é uma história de origem.
Os primeiros 15 minutos do filme contam um pouco sobre a origem da personagem, trazendo cenas de quando ela ainda era uma criança em Ohio, em 1995, e de como ela foi parar na Sala Vermelha, um centro de treinamento soviético também conhecido como Programa Viúva Negra. O longa tem um começo impactante, com cenas de ação e de causar arrepios, porque mostra o desespero de uma criança que estava sendo obrigada a se separar da sua família – ainda que desestruturada – para se tornar uma assassina treinada.
É importante dizer que essa abordagem inicial sobre a infância da protagonista é essencial para conseguir compreender alguns fatos e personagens da narrativa, mas também é de conhecimento geral de todos os fãs do universo.
Após esse início comovente e explicativo, a obra é ambientada 21 anos depois, em 2016, quando a Natasha está fugindo do secretário de Estado Thaddeus Ross. Nesse momento, ela acaba sendo obrigada a se reconectar com o seu passado, porque percebe que ainda tem alguns assuntos pendentes.
Não é novidade que a Marvel implantou o tom cômico na fórmula de suas produções e com Viúva Negra não foi diferente. Apesar de todo o drama que envolve a história da Vingadora e de haver muitas cenas de ação, o humor na narrativa existe e é bem posicionado. Ao assistir ao longa, também é possível sentir uma nostalgia, principalmente ao lembrar da morte da Natasha em Vingadores: Ultimato (2019).
O filme dura pouco mais de 2 horas, mas é tão fácil de assistir e tão envolvente que você não vê a hora passar. No entanto, contar mais a história da primeira Vingadora era necessário, assim como reforçar o seu protagonismo.
A primeira aparição da Romanoff foi em Homem de Ferro 2 (2010) e desde então ela se tornou um ícone feminino de força, resiliência e empoderamento. Assim, a Vingadora merecia ter uma produção mais individualista em relação ao que foi apresentado. Muitas vezes, no decorrer do filme, a sensação que eu tive foi de que a obra não era a história da Natasha Romanoff, mas sim da Natasha Romanoff e da Yelena Belova, a irmã da protagonista.
O longa também marca a primeira aparição da Yelena Belova no UCM e, por isso, é compreensível a necessidade de tornar a personagem visível e incrível, principalmente se o objetivo for torná-la a próxima Viúva Negra do cinema. Mas eu não tenho certeza se o estúdio utilizou a dosagem correta entre as duas personagens.
Contudo, o filme tem uma narrativa coerente, prazerosa, que traz mulheres fortes e segue a fórmula Marvel a que estamos acostumados. Além disso, a obra conta com uma cena pós-créditos surpreendente e que, definitivamente, abre as portas para a fase 4 da Marvel nos cinemas.
Viúva Negra estará disponível para todos os assinantes do Disney+ a partir do dia 25 de agosto e vale muito a pena conferir!
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