A Teoria de Tudo (The Theory of Everything) é um filme biográfico de 2015, escrito e dirigido por James Marsh. Estrelado pelo ator Eddie Redmayne, que tem o dom de incorporar os mais diversos personagens, o longa foi indicado em diversas categorias de várias premiações, tornando-se vencedor do Oscar, do BAFTA (o “Oscar” inglês) e do Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator. Essa produção emocionante foi uma das melhores (se não a melhor) daquele ano e, até hoje, emociona muitas pessoas.
Baseado no livro de mesmo título lançado em 2014 e escrito por Jane Hawking (que foi interpretada por Felicity Jones), A Teoria de Tudo conta, de uma forma emocionante e um tanto romantizada, a história do relacionamento da autora com o físico teórico Stephen Hawking (1942-2018). Hawking foi um dos maiores cientistas da modernidade, responsável por grandes contribuições na área da cosmologia e gravidade quântica. O filme traz vários detalhes do romance entre os dois, do diagnóstico da doença degenerativa que acometeu o cientista, além de sua dedicação à ciência e como isso afetou seu relacionamento. Infelizmente, 3 anos após o lançamento da obra, Stephen faleceu.
No primeiro momento, o filme é fofo e nos apresenta belíssimas cenas de como os dois se apaixonaram em sua época de estudantes, ele de Física em Oxford, ela de Artes em Cambridge. Aos 21 anos de idade, ele recebe o diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica, uma doença muscular incurável e degenerativa que aos poucos leva à perda permanente de movimento dos músculos. Após o diagnóstico, o jovem cientista tinha uma expectativa de vida de apenas 2 anos. Isso não impediu que Jane se casasse com Stephen. Eles foram muito felizes, até que as limitações impostas pela doença começaram a se tornar um desafio para ela, mas não diminuíram a capacidade nem a energia de Stephen de realizar suas descobertas sobre o tempo, gravidade e buracos negros.
Ele viveu com a doença por mais de 50 anos, superando todas as previsões médicas. Eles tiveram 3 filhos e Jane esteve sempre ao lado de Stephen, apesar de todos os desafios físicos e emocionais da situação — já que ele se mostrava cada vez mais impossível de lidar, até por causa de toda a dor física que ele passava.
Desde as primeiras cenas, o interesse e a paixão de Stephen por teorias que tentam explicar o universo é bem explicitado. Fiquei na dúvida se o filme deveria ser sobre sua vida profissional ou sobre seu romance, e qual das duas histórias seria a secundária. Na verdade, essa técnica de mostrar cenas seguidas dos dois arcos só reforça como a vida profissional de Stephen afetou seu casamento.
A Teoria de Tudo é muito emocionante devido a todos os desafios que eles enfrentaram. Filmes baseados em fatos sempre têm esse efeito, apesar de sabermos que, nem sempre, os eventos são mostrados de forma verídica. Ficou “no ar” se ela desistiu dele ou se ele a fez desistir dele por amá-la demais. Não faltam teorias sobre o que levou àquele final e sobre o que foi real ou não, e esse é o elemento que deixa tudo mais interessante.
Se você, assim como eu, tem um coração mole, já aviso que vai chorar muito com essa história de amor e superação. Mas todas as lágrimas valeram a pena, pois Eddie Redmayne deu um show espetacular de atuação, além de toda a produção incrível, preocupada com cada detalhe de figurino e maquiagem, o que fez tudo parecer tão real que era como assistir a uma memória da própria Jane. Com certeza, A Teoria de Tudo ficou para a história por sua qualidade, temática e sensibilidade.
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