Gerry Lane (Brad Pitt), um ex-investigador da ONU, vive de forma pacata com a sua esposa (Mireille Enos) e filhas, porém tudo muda após o surgimento de um vírus que se espalha de uma maneira nunca vista e que, basicamente, transforma as pessoas em zumbis. Assim, após uma série de acontecimentos, Gerry se vê obrigado a ajudar a ONU na busca de uma cura para essa doença enquanto tenta manter sua família em segurança.
Guerra Mundial Z foi dirigido por Marc Forster e a sua criação é baseada no livro homônimo de Max Brooks. Porém, apesar de ser um filme de 2013 e que fez bastante sucesso na época, a obra voltou a ganhar destaque recentemente com a pandemia do coronavírus, justamente pelas relações que o público estabelece entre a ficção e a realidade em que vivemos.
Sobre o filme, um aspecto que me chamou a atenção é o raciocínio rápido que o protagonista tem diante de uma situação jamais vista, e que o ajuda a saber exatamente o que fazer. Por exemplo, na primeira vez em que ele vê uma pessoa ser infectada, quando, ao invés de sentir medo e se afastar do local com a sua família, ele observa a transformação do zumbi e ainda consegue contar o tempo da infecção, o que pode incomodar um pouco.
Entretanto, para aproveitar melhor o filme, preferi ignorar esse fato e aceitar o “herói” que a obra apresentou e, sinceramente, foi melhor assim. Isto porque, se não houvesse certas conveniências em torno do protagonista, como o acesso aos recursos que ele tem e o seu passado como investigador da ONU, a história não conseguiria se desenvolver para algo além das inúmeras histórias de zumbis — que, na maioria das vezes, apenas acompanham a correria de pessoas comuns em busca da sobrevivência naquele ambiente.
Aliás, citar Gerry como um herói no filme não é um exagero. Ele sempre está em busca de fazer o melhor para os outros ao seu redor, mesmo que isso possa lhe custar a vida. E exemplos disso não faltam, como em todas as vezes em que o mesmo se faz de isca para ajudar outros, o que passa a mensagem de que mesmo nas piores situações ainda há espaço para se ter empatia pelo outro. Esse é outro aspecto que merece atenção, e que tem como exemplo a cena em que um dos saqueadores de uma farmácia ajuda Gerry a encontrar o medicamento da sua filha.
Uma cena que por vezes pode ser criticada é a que o protagonista para um momento e bebe um refrigerante. Entretanto, o que parece um desdém do mesmo diante da situação, que não estava resolvida por completo, na verdade é apenas a representação de uma pessoa que passou tempos de muita aflição. Naquela hora, mesmo não tendo encontrado a cura, ele sentiu que seu dever estava mais do que cumprido, pois com o seu resultado a humanidade poderia ter uma chance de sobreviver.
Por fim, Guerra Mundial Z proporciona boas cenas de ação (muito disso devido aos seus zumbis “acelerados”) e é um filme que vale a pena ser visto. Se já foi visto, vale a pena ser revisitado, pois pode trazer boas reflexões sobre o que ainda vivemos. Além disso, caso ainda tenha interesse em se aprofundar no tema, temos o episódio #21 do PuxadinhoCast inteiramente dedicado a isso.
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