A sexta temporada de The Flash começou, assim como outras séries do Arrowverse, com uma missão um pouco atípica e um tanto difícil: preparar o terreno para o evento que, com vários teasers, estava prometendo ser o “Vingadores: Ultimato da TV”. Ao contrário de Arrow, que teve apenas mais dois episódios após a crise, a série do velocista teria ainda pelo menos mais 10 episódios de história. Será que conseguiram entregar um bom season finale?
O novo ano da série começa com todos tensos pensando em como evitar ou pelo menos se preparar melhor para a grande crise no multiverso que está chegando. Enquanto isso, surge mais um vilão: o cientista Ramsey Russo. Após a morte de sua mãe para uma doença degenerativa e com medo de sucumbir para a mesma doença, ele tenta a todo custo fugir da morte e se tornar imortal. Russo acaba se tornando o vilão Hemoglobina. Esse arco do Hemoglobina é bem interessante e traz alguns elementos até de terror, misturando Venom (da Marvel) com um pouco de The Walking Dead também. Mas ainda não é um vilão marcante, tão esquecível que a crise chegou e passou e não lembro como ele foi derrotado.
Somos apresentados a mais um doppelganger do Harrison Wells, o Nash Wells, mas, diferente dos outros que vieram antes, ele não cativa tanto. Sua história nem é tão desenvolvida nem passa tanto o drama que ela quer passar. Porém é importante ressaltar a atuação de Tom Cavanagh, que consegue alternar a interpretação dos diferentes Wells, com destaque para sua participação como Eobard Thawne ao mesmo tempo em que interpreta Nash, que é sensacional. Inclusive seria bem interessante se conseguissem desenvolver um roteiro para que o Flash Reverso retornasse com um antagonismo mais forte.
Nesta temporada, principalmente após a crise, o Team Flash começa a seguir mais independente com um desenvolvimento de tramas mais individuais, cada um seguindo sua própria jornada e próprios dramas fora do núcleo do Flash e o herói ficou mais em segundo plano, mesmo que a série leve o nome dele. Esse fato faz com que a série se arraste e, infelizmente, vá pelo mesmo caminho de Arrow, que ficou sofrível de assistir nas últimas temporadas.
Além disso, depois do crossover, do nada, surge uma nova ameaça que não tinha sido apresentada antes, e ela aparece como se a conhecêssemos desde sempre. É uma vilã bem genérica com motivações fraquíssimas e até contraditórias. A história desse arco parece tão perdida que até usa recursos baratos, como uma reviravolta óbvia da vilã contra o herói, que, como se não bastasse, ainda joga na nossa cara o que já era óbvio por meio de um flashback de explicação.
A temporada foi interrompida antes do season finale de fato por conta da pandemia da COVID-19, mas, mesmo assim, as expectativas para o verdadeiro desfecho em 2021 não são altas. A sensação é que os roteiristas não sabem mais o que fazer com a série. Isso fica mais evidente porque desde o início, segundo uma manchete de um jornal anos no futuro, o Flash desapareceria em uma crise em 2024 e essa data foi antecipada para 2019.
Ainda não foi confirmado, mas, pelo que The Flash vem mostrando, a sétima temporada pode ser a última. Espero que repensem e deem um desfecho digno, visto que ela conseguiu superar por um bom tempo a série que a originou e ser mais legal de assistir – o que não está sendo, pelo menos não como antes.
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