Após oito longos anos e 170 episódios, com vários altos e baixos, chegou ao fim a série Arrow. Mesmo com várias tentativas de se reerguer e reconquistar o público, Arrow não conseguiu voltar ao seu auge, mostrando um desgaste que culminou em sua conclusão com uma temporada de apenas 10 episódios.
Em sua primeira temporada, Arrow trouxe uma vibe realista inspirada em O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight), com o vigilante solitário eliminando, nome por nome, os grandes criminosos de Starling City, em um esquema procedural onde em cada episódio um nome era riscado pelo arqueiro. Na segunda temporada, o programa atingiu seu auge com o desenvolvimento de uma trama envolvente e bem tensa envolvendo Slade Wilson, o Exterminador.
É na terceira temporada que começa a derrocada da série. Ela tenta nos apresentar, de forma bem fraca, uma trama mística envolvendo Ra’s Al Ghul, seguido por Damien Darhk. Além dessa história que não prendia e era até meio sem sentido, começou-se a ser formado o Team Arrow, que mais parecia Power Rangers, com lutas mal coreografadas e personagens aprendendo a lutar no nível da Liga das Sombras em dois episódios.
A quinta e a sexta temporada tentaram retomar a vibe das duas primeiras temporadas, mas sem muito sucesso. Toda a dinâmica do Team Arrow ficou muito repetitiva, sempre voltando ao mesmo ponto como se os personagens não evoluíssem, e as tramas que tinham muito potencial não foram bem-desenvolvidas, perdendo muito tempo com a relação novelesca de Oliver e Felicity.
Na sétima temporada, a série já está claramente desgastada, introduzindo cenas de flashforwards sem sentido e uma trama fraquíssima na linha do tempo principal, eliminando um vilão com grande potencial e que poderia agregar mais à história e, mais uma vez, introduzindo um vilão genérico querendo vingança contra os Queen.
Esse cansaço da série é evidenciado com o fato de que a última temporada serviu apenas para preparação da grande Crise nas Infinitas Terras e para dar um desfecho à história. Aliás, este último nem bem-feito é, pois, os acontecimentos introduzidos em flashforwards foram simplesmente abandonados nos momentos finais sem conclusão, mostrando que poderiam ser facilmente descartados sem problema algum.
Arrow foi uma série com grande potencial, que poderia ter sido melhor se houvesse um planejamento coeso das temporadas e se o foco fosse em uma cruzada solo do vigilante, com ele recebendo ajuda em episódios pontuais, sem um Team Arrow. Vilões com motivações melhores do que simplesmente vingança contra Oliver ou a família Queen também ajudariam.
É sempre triste ver uma série que poderia oferecer tanto se perdendo e encerrando dessa maneira porque não sabem mais para onde ir e não porque a história a ser contada terminou. Só nos resta agora acompanhar os rumos que as outras séries do Arrowverse vão tomar. Deixo aqui uma menção honrosa para as cenas de luta em plano-sequência nas últimas temporadas, que ficaram incríveis.
Confira também a Opinião Sincera da 7ª temporada:
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