Hell’s Paradise: Jigokuraku é um mangá escrito e ilustrado por Yuuji Kaku, publicado semanalmente, entre 22 de janeiro de 2018 e 25 de janeiro de 2021, no aplicativo Shonen Jump+. Os 127 capítulos foram também compilados em 13 volumes, sendo que o décimo terceiro volume ainda não tem data de publicação. A obra foi anunciada no Brasil pela Panini e será lançada aqui a partir de maio de 2021.
O mangá conta a história de Gabimaru, “o vazio”, um ninja assassino da vila de Iwagakure, e Sagiri, que pertence à renomada família de executores Yamada-Asaemon. Em busca de perdão por seus crimes, Gabimaru e vários outros criminosos são enviados para uma ilha em busca do elixir da vida.
Embora Hell’s Paradise: Jigokuraku seja principalmente sobre a busca do Gabimaru pelo elixir, existem outras duplas de condenados à morte, além de um executor, na ilha. Enquanto você vai explorando a ilha pela visão de várias duplas diferentes, você acaba gostando de um ou de outro tanto quanto do Gabimaru ou da Sagiri — e é nesse ponto que o mangá tem seus melhores momentos. Os personagens entram e saem da narrativa principal ou se movem para um momento da história onde vão demorar a ser relevantes novamente e, mesmo assim, você continua interessado neles. É muito bem feito. Os personagens e seu carisma são os pontos fortes de Jigokuraku; quem ler vai sair com os nomes de vários deles guardados pra sempre.
É importante ressaltar que essa é uma obra em que o autor mata personagens. Pode ser que você se apegue a alguém que não vá chegar até o final, mas, quando você descobre a realidade daquela ilha, fica claro que seria impossível todos saírem vivos. Sobre a ilha, a ambientação é incrível. As criaturas que nela habitam, que são misturas religiosas, e a existência dos Tensens (líderes da ilha) tornam o ambiente muito intrigante e fazem você querer explorar.
O mangá é principalmente de lutas e conflitos e, para ter mais dinamismo no combate, o autor introduz um sistema de poder baseado em elementos, onde cada elemento tem vantagem contra um outro. Embora simples, é um sistema perfeitamente funcional para a obra e, de fato, traz muita estratégia e dinamismo para os conflitos, que, sem esses elementos, seriam sem graça e previsíveis.
A arte não deixa a desejar em nenhum momento. O autor consegue impactar nas cenas, existem páginas duplas lindíssimas, as poses são dinâmicas e o estilo combina muito com a história que está sendo contada, além de auxiliar muito o autor a entrar no ritmo que deseja impor.
Embora Jigokuraku tenha 127 capítulos, a maioria deles ocorre em um dia na história. E é aí que a arte entra. A passagem do tempo e as mudanças de ambiente são capazes de fazer com que o ritmo, que seria extremamente lento para a passagem de um dia, tenha a velocidade certa. Todas as ações tomadas e o tempo que elas levam são bem representados, de forma que seu entretenimento nunca se esvai.
Em geral, Jigokuraku é uma história excelente com poucos pontos fracos. O estilo do autor torna a história bem direta e objetiva, então pode parecer que certas coisas não possuem a devida profundidade. No entanto, isso é algo que é sacrificado em prol de tornar a história mais digerível. Mesmo que algumas partes não sejam aprofundadas, isso não torna a história superficial. É um estilo de escrita mais abrupto e diferente do shonen comum, que enrola pra chegar ao clímax, o que deixa a história muito mais divertida, pois a recompensa vem num ritmo bem mais acelerado.
É importante ressaltar que a história aborda alguns temas sensíveis e mostra nudez e gore, então, se isso for um problema para você, pode ser um pouco complicado acompanhar. Mas, caso não seja um problema, é uma história altamente recomendável.
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