Após adiamentos e um futuro nebuloso quanto a seu lançamento após a compra da Fox pela Disney, finalmente chegou aos cinemas o último filme da franquia que teve seu início dezenove anos atrás, X-Men: Fenix Negra. O filme foi escrito e dirigido por Simon Kinberg, responsável pelo roteiro do questionável X-Men: O confronto final.
O longa tem início quando um problema com uma expedição espacial faz com que o presidente dos Estados Unidos recorra aos mutantes para socorrer os astronautas. Ao chegar lá são ameaçados por um tipo de “onda cósmica” que entra em Jean Grey e dá início, de fato, à trama.
[Possíveis spoilers abaixo]
Ao ser possuída pela “fênix”, Jean faz com que questionamentos em relação ao caráter e à liderança do professor Xavier sejam levantados, e isso é o que conduz toda a jornada da equipe para conter a onda de destruição causada pela nova Jean e da mutante para controlar esse novo poder que adquiriu.
[Fim dos spoilers]
Por cerca de 30min, o filme parece que vai ser muito bom, apesar da má recepção da crítica e do público, mas aí suas falhas começam a aparecer. Primeiramente, as atuações estão bem mornas, fazendo com que se sinta saudades do elenco original que foi composto por grandes nomes, como Patrick Stewart, Halle Berry, Ian McKellen e Hugh Jackman. Além disso, o casal Scott e Jean não passa química nenhuma, sendo algo forçado apenas porque os dois têm um relacionamento nos quadrinhos, o que poderia ter sido deixado de lado aqui para desenvolver melhor em possíveis continuações, já que o filme foi produzido antes da aquisição da Fox.
Outros pontos que incomodaram foram as variações de humor da Jean: ora assustada por não controlar os novos poderes, ora imponente destruindo tudo, sendo esta segunda pouco convincente e deixando a desejar na performance de Sophie Turner; o outro ponto foi o repetitivo dilema do Magneto do “fica bom/fica mau”, algo bem definido e muito bem executado na atuação de McKellen.
O filme perdeu também em não explorar mais a ameaça da Fênix em si, introduzindo uns seres alienígenas nada a ver, sobre quem nada se sabe, e mais parece que estão ali para preencher um vácuo de roteiro que não sabia que caminhos seguir para reproduzir um dos maiores arcos do universo Marvel dos quadrinhos.
Deixando as falhas de lado, é um filme que recomendo, pois não se perde nada em termos de entretenimento. Se você estiver passando pelo cinema e não sabe que filme ver, pode pegar uma sessão de X-Men, vai ser bom para passar o tempo.
Como é o último filme dessa franquia, não há cenas pós-créditos.
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