Uma das poucas alegrias da pessoa que está em quarentena e isolamento tem sido a oportunidade de colocar as séries, leituras e afins em dia. São diversos ebooks gratuitos disponibilizados por autores e editoras, além de canais de TV a cabo liberados e cursos online gratuitos. Bom, isso e o BBB20 para os brasileiros, especialmente com Globoplay liberado.
Se a atividade que ocupa a maior parte do seu dia, como trabalho ou estudo, não estiver acontecendo ou estiver em um ritmo reduzido, porém, a série vai precisar ser um pouquinho mais longa. Que tal sete temporadas, uma por dia da semana?
Separamos sete seriados diferentes com sete temporadas que servem para maratonar na quarentena ou em qualquer momento futuro que você preferir — e listamos as formas legais de fazer isso quando encontradas:
1. Buffy: A Caça-Vampiros (Buffy the Vampire Slayer), 1997-2003
Buffy Summers só queria ficar um diazinho em paz e aproveitar sua adolescência, sem que a profissão secreta de caçadora de vampiros tomasse conta da sua vida e a fizesse ser expulsa da escola. De novo. Mas esse não era o plano do universo para Buffy, que vai aprendendo a aceitar e abraçar seu destino ao longo da série.
Buffy definiu toda uma geração, figura em diversas listas de “melhores séries de todos os tempos”, tem um universo estendido de livros e spin-offs como a série Angel, e foi citada em livros da Meg Cabot. O problema é que a disponibilidade da série por aqui não acompanhou esse legado: apesar do sucesso tanto na TV a cabo quanto na TV aberta, as últimas duas temporadas nunca foram lançadas em DVD. Nos serviços de streaming não foi diferente, e a série saiu do catálogo da Netflix ainda em 2013.
Pelo menos está disponível no NOW.
2. Cold Case (Arquivo Morto), 2003-2010
A proposta da série policial Cold Case é incrível: a detetive Lily Rush, da divisão de Homicídios, fica encarregada de reabrir um caso antigo sem solução depois de uma testemunha trazer uma nova informação. A partir daí, ela fica responsável por todos esses casos já arquivados, ou os que são reabertos com novas pistas, em busca de uma solução. O caso pode ter seis meses, sessenta anos, o tempo que for.
Um show à parte é a trilha sonora, que é sempre destacada como merece. Ao longo de todo episódio, tocam apenas músicas do ano do caso original, sendo uma mais marcante na cena final. Já teve episódio em que só tocou Johnny Cash. Já teve Send Me An Angel do Scorpions, Dream On do Aerosmith, Don’t Look Back in Anger do Oasis… e uma das mais marcantes é Little By Little, também do Oasis, que aparece na quarta temporada.
Por aqui, a série foi exibida na Warner Channel e no SBT, mas não está disponível para streaming em lugar nenhum nem foi lançada em DVD. Lá fora, dá pra ver pelo serviço da emissora CBS.
3. Gilmore Girls (Tal Mãe, Tal Filha), 2000-2007
Lorelai Gilmore foi mãe aos dezesseis anos, decidiu não se casar com o namorado Christopher e fugiu para trabalhar como camareira e criar a filha em uma cidadezinha longe dos pais, contrariando todos os planos que a família rica tinha para ela.
Dezesseis anos depois, ela e sua filha Lorelai “Rory” Gilmore, criada à base de livros, cultura pop e muito café, estão muito bem, obrigada. As duas são as queridinhas da cidade de Stars Hollow, Lorelai gerente de uma pousada e Rory a melhor aluna da escola, e vivem bem mas sem luxos ou contato com a família rica. Quando Rory é aprovada em uma escola particular de prestígio e caríssima, porém, essas relações são reatadas na forma de jantares semanais — em troca de dinheiro para a mensalidade.
As sete temporadas de Gilmore Girls são cheias de café, diálogos rápidos, referências a cultura pop, livros e tiradas sarcásticas de Lorelai. Das duas Lorelais, no caso. Também trazem alguns dos melhores e mais reais personagens da TV.
A série foi exibida no Brasil principalmente pela Warner Channel, além de Boomerang, SBT e até MTV. As sete temporadas foram lançadas em DVD e estão disponíveis na Netflix. Em 2016, a Netflix também fez um especial de quatro episódios chamado Gilmore Girls: Um Ano para Recordar, que foi bem agradável e emocionante de ver depois de tanto tempo, mas de certa forma meio que estragou tudo. Então é bom tomar cuidado.
A lógica é bem simples. Gilmore Girls era a melhor série do universo até uma combinação de dois fatores tirar seu posto: aquele especial e a existência de This is Us.
4. Mad Men (Inventando Verdades), 2007-2015
Mad Men é uma das séries mais premiadas dos últimos anos, especialmente em categorias técnicas. Queridinha do público e da crítica, sempre aparece em diversas listas de “melhores de todos os tempos”. É ela um dos motivos de a emissora americana AMC, que mais tarde nos traria sucessos massivos como Breaking Bad e The Walking Dead, voltar a fazer sucesso. E foi ela uma das inspirações para outros seriados ambientados na década de 1960, como Pan Am.
A série se passa em uma agência de publicidade fictícia da época, na Madison Avenue de Nova York — que dá origem ao nome “Mad men”, trocadilho com algo como “homens da Madison” e “homens loucos”. O personagem principal é o mulherengo diretor criativo Don Draper, e acompanhamos sua vida pessoal e profissional, além do contexto dos EUA e do próprio mercado de publicidade na década de 1960.
As sete temporadas da série estão disponíveis no Globoplay.
5. New Girl, 2011-2018
Jessica Day é uma professora otimista e esquisitinha que, depois de um término bem ruim, passa a dividir apartamento com três homens: Nick, Schmidt e Winston (originalmente Coach, mas Coach sai bem no comecinho da série e dá lugar a Winston). Schmidt é metido, desagradável e obcecado com status. Winston é atleta e recentemente perdeu sua posição no time de basquete em que jogava. E Nick é um fracassado total que também está passando por um término traumático. Além deles, a série também acompanha CeCe, melhor amiga da Jess.
No começo, pareceu que New Girl não ia achar seu ritmo e timing cômico. Era uma série fofa e agradável de ver, só não era de rolar de rir. O que é complicado por ser uma série de comédia. Mas não demora para encontrar o lugar dela, e o humor esquisitinho com Zooey Deschanel ganha lugar no seu coração.
New Girl também está disponível no NOW.
6. Once Upon a Time (Era Uma Vez), 2011-2018
O slogan principal de Once Upon a Time foi, por muito tempo, “todas as histórias são reais”. E é dessa premissa que a série parte: fundir em um só lugar todos os personagens e universos dos contos de fadas e contos clássicos em geral, na pequena e estranha cidade de Storybrooke. A história tem um tom mais sombrio do que estamos acostumados a ver, e eu me lembro que na época em que a série foi lançada isso era uma espécie de tendência. Grimm saiu praticamente junto com ela, na mesma Fall Season, e alguns álbuns de 2011 também exploram essa estética/temática, como o Wonders of the Younger do Plain White T’s e o Imaginaerum do Nightwish.
A protagonista Emma Swan acaba indo parar na cidadezinha por obra de seu recém-descoberto filho Henry e descobre que sua ligação com ela é maior do que parece, e Emma está destinada a acabar com a maldição da Rainha Má. Aqui no Puxadinho, Lucas já até falou sobre a última temporada da série, que terminou em 2018. Um spin-off chamado Once Upon a Time in Wonderland foi exibido de 2013 a 2014.
É possível ver as sete temporadas no Disney+ e a série também foi lançada em DVD por aqui.
7. Orange is the New Black, 2013-2019
Orange is the New Black foi um dos carros-chefes da Netflix e uma de suas principais produções originais por alguns anos. A série é baseada em um livro de memórias de Piper Kerman, que inclusive inspirou a protagonista Piper Chapman, mas é um dramédia de ficção.
Piper tem seus trinta e poucos anos e foi condenada a 15 meses na penitenciária de Litchfield por um incidente que aconteceu há 10 anos: transportar drogas para sua namorada, Alex, uma traficante internacional. A série explora não só a vida de Piper na penitenciária e sua reunião com Alex como também o efeito da prisão em suas relações com as outras pessoas e com ela mesma.
Dá pra ver a série toda na Netflix.
E aí, quais dessas você já conhecia? E qual vai ser a sua próxima maratona?
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