Há aproximadamente dois anos, escrevi uma das minhas primeiras resenhas aqui para o Puxadinho. Nela, falei sobre o primeiro livro da trilogia A Passa-Espelhos e hoje venho escrever sobre a sua continuação.
Agora, devo adverti-los: se não leram Os noivos do inverno, podem se deparar com spoilers do livro anterior no decorrer deste texto.
Quando Ophélie é promovida a vice-contista, ela se vê inesperadamente jogada aos holofotes e escrutínio da corte. Seu dom, a habilidade de ler a história secreta dos objetos, é descoberto por todos, e não há maior ameaça aos nefastos habitantes de seu novo lar gélido do que isso.
Sob os arcos dourados da capital do Polo, ela descobre que a única pessoa em que talvez possa confiar é Thorn, seu enigmático e frio noivo. À medida que influentes pessoas da corte começam a desaparecer, Ophélie se encontra novamente envolvida em uma investigação que a levará além das muitas ilusões do Polo e a uma temível verdade.
Em Desaparecidos em Luz da Lua, Ophélie, nossa protagonista, já está um pouco mais familiarizada com o funcionamento da Cidade Celeste. Tanto em termos práticos de arquitetura – que desafiam as leis da Física – quanto em relação às maquinações da corte de Farouk, o instável espírito familiar do Polo. Porém, para sobreviver à vida na Corte, onde nada é o que parece e Ophélie é objeto de inveja e desconfiança, ela precisa aprender a se adaptar a um mundo que é movido de acordo com os humores de seu senhor, Farouk.
Aqui, Ophélie finalmente conhece o personagem através do qual todos orbitam, o elusivo espírito familiar. Agora ela também faz parte desse universo e, portanto, precisa obter os seus favores se quiser permanecer viva. O seu jeito diferente só faz com que atraia ainda mais atenção – e não do tipo bom –, além de ser noiva do odiado intendente, o que a coloca em uma posição nada invejável. Conforme a história prossegue e acontecimentos misteriosos vão se passando, a situação parece cada vez mais perigosa para Ophélie.
Para refrescar a minha memória, reli Os noivos do inverno e logo engatei na sua continuação, Desaparecidos em Luz da Lua. Tive uma agradável surpresa ao perceber que a sequência da história me causou a mesma empolgação que me acometeu quando li o primeiro livro da trilogia, dois anos atrás. Fiquei acordada madrugada adentro para descobrir como os acontecimentos se desenrolariam, sempre ansiando pelo capítulo seguinte.
Neste volume, já entendemos um pouco melhor o funcionamento do mundo em que a história se passa. Contudo, ainda existem muitos mistérios a serem desvendados, tanto sobre a própria maneira com que o mundo no qual a narrativa se passa funciona quanto sobre os eventos que vão acontecendo no decorrer da leitura. Apesar disso, em nenhum momento ela fica confusa e aos poucos vamos descortinando os acontecimentos.
O universo que a autora criou nos convida a explorar nossa imaginação. Eu adorei a leitura de Desaparecidos em Luz da Lua e recomendo para quem, como eu, gosta de mergulhar em diferentes universos com personagens únicos e cheios de facetas.
Por fim, repito o que disse na minha primeira resenha: a capa é belíssima e a edição muito caprichosa, com uma contracapa pintada, um mapa da Cidade Celeste e a árvore familiar dos clãs do Polo. Tudo feito com uma arte encantadora.
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