Após 8 anos de seu final controverso, Dexter está de volta para mais uma temporada de 10 episódios, prometendo tirar o gosto amargo que ficou na boca dos fãs após a oitava temporada. Esse retorno da série é comandado pelo showrunner Clyde Phillips, responsável pelas quatro primeiras temporadas, e o grande Michael C. Hall vive Dexter Morgan novamente. Prometendo um final que, segundo Phillips, explodiria a internet, Dexter: New Blood entrega o que se propõe?
(Possíveis spoilers abaixo)
A série se passa 10 anos após os eventos da oitava temporada, onde Dexter forja sua morte e vai viver como lenhador na remota e gelada Iron Lake. Lá ele passa a ser conhecido como Jim Lindsay e para de caçar serial killers. Tudo muda quando ele quebra essa abstinência e seu filho Harrison dá as caras querendo se reconectar com seu pai depois de ter sido “abandonado” para viver com Hannah em Buenos Aires.
É natural pensar que, após tantos anos sem interpretar o personagem, o ator retornaria um pouco “enferrujado”, desencaixado do personagem. Não é o que acontece com Michael C. Hall. Ele volta à pele do Dexter como se nunca tivesse abandonado o personagem. Hall realmente domina o personagem e vê-lo de volta foi algo, literalmente, de arrepiar. A curiosidade para ver o que ele ia aprontar nessa nova cidade só aumentava a cada episódio.
Dexter: New Blood traz também Clancy Brown no papel do vilão Kurt Caldwell, um rico empresário da cidade. E que vilão! Um dos melhores tipos de vilão para se acompanhar na cultura pop é aquele que não deixa claras as suas intenções. Ninguém sabe ao certo se é uma pessoa boa ou má. Vai cercando o protagonista discretamente até dar a cartada final. É isso que Kurt Caldwell faz e, se a temporada tivesse mais episódios para explorá-lo, ele se tornaria um vilão até melhor que o Trinity.
Substituindo Harry Morgan como a consciência de Dexter temos Jennifer Carpenter. Ela também está muito bem nesse retorno, porém com uma pegada mais diferente e visceral. Como é uma representação da consciência do irmão, de como ele se recorda dela, ela está um pouco mais agressiva e mais incisiva em suas opiniões. Os dois protagonizam diálogos que seriam bem dignos de um Emmy.
Dexter: New Blood foi um retorno muito bom para matarmos a saudade desse grande personagem. Todos os atores estão no auge de suas interpretações. As interações entre Harrison e Dexter, na tentativa de se reconectarem como pai e filho, rendem cenas muito boas e emocionantes (me peguei chorando após um diálogo dos dois). Porém, como são apenas 10 episódios, o roteiro, na pressa, acaba dando saídas forçadas para algumas situações. Confrontos que poderiam ser incríveis são apenas esquecidos, porque a série precisa encerrar.
E aí? O final explodiu a internet como prometido? Talvez. O que temos certeza é que mais uma vez Dexter encerra dividindo os fãs entre os que amaram o desfecho e os que odiaram. Eu fico no meio-termo. Não desgostei do jeito que terminou, mas, com mais 2 episódios, duração média das temporadas anteriores, esse final poderia ter sido mais bem construído e mais fácil de digerir.
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