Em alguns casos, o melhor tempero é a falta de expectativa.
Marla é, supostamente, uma cuidadora de idosos incapazes de cuidar de si mesmos. Mas o que de fato ela faz é se aproveitar deles para tirar tudo o que eles têm. O passo a passo é simples: Marla busca um idoso desabilitado e consegue um laudo médico de alguma condição incapacitante; com isso, se torna guardiã legal da vida e de todos os bens da pessoa, vende tudo o que ela tem e o dinheiro vai direto para o seu bolso. Uma fórmula de sucesso! Porém, o que ela não esperava é que sua mais recente vítima, Jennifer Peterson, fosse colocar em risco todo o seu esquema.
Quando li a sinopse de Eu Me Importo, achei o filme bem curioso. E, tendo a Rosamund Pike como protagonista, já pensei que fosse ser muito bom. Mas, mesmo assim, fui sem esperar muita coisa para ver no que ia dar e recomendo assistir da mesma forma: sem esperar nada. O filme é ruim? Não nego, nem afirmo; mas, se você tiver afim de uma distração do tipo que não precisa pensar muito, só assistir e aproveitar, essa pode ser uma boa pedida.
Mas vamos às opiniões: Eu Me Importo de cara aparenta ter um tema inicial um tanto quanto diferente, mas não demora muito para percebermos que é um típico filme do bem versus o mal. Uma protagonista determinada — a fazer a coisa errada, nesse caso. Um oponente que aparenta ser frágil, mas que tem muito poder, além de ter acessos de raiva e de aparecer, comicamente, de forma aleatórias nas cenas, como treinando ginástica artística. Sim, essa cena existe. E, é claro, não podia faltar o seu auxiliar bobão que apenas segue ordens e faz tudo o que mandarem. São descrições breves e que resumem muito bem os personagens, já que não sabemos muito sobre os mesmos, sendo até difícil criamos uma ligação com eles. Assim, esse é o tipo de filme que eu vi pela curiosidade do que ia acontecer na história, porém sem conhecer a fundo suas personalidades e sem torcer por eles.
E, já que comentei sobre a história de Eu Me Importo, vamos ao enredo. A partir daqui, pode haver spoilers.
O longa começa bem e é envolvente até chegar na metade. A partir daí começam as resoluções com elementos jogados na história, como a máfia russa, numa tentativa de justificar alguns pontos sobre um dos personagens. O que de fato me incomodou um pouco foi no último terço do filme, que eu achei que a história fosse terminar umas 3 vezes, mas mesmo assim ela continuava.
Eu Me Importo possui um enredo fraco. Seu maior combustível é a ganância e o orgulho de Marla em não liberar a guarda de Jennifer e, por isso, depois de sofrer e ser perseguida pelo filho de Jennifer (o vilão da máfia russa), para mim, a história foi perdendo o sentido. Acredito que isso também tenha acontecido por não conhecer muito bem os personagens.
Fim dos spoilers.
Por fim, achei o filme no geral bem ok, não traz nada demais e acaba sendo mais do mesmo. Mas, em sua defesa, Eu Me Importo faz isso bem por boa parte do longa e consegue ser uma boa distração para um sábado à tarde.
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