Pense em um anime interessante. Pensou? É minha opinião sobre Genshiken. De gênero seinen – obras para jovens adultos – e slice-of-life – cotidiano –, Genshiken é bem curtinho, são 3 temporadas, mas este texto é focado apenas na primeira. O anime começa nos mostrando Kanji Sasahara, um otaku – termo japonês para designar alguém viciado em algo, fã extremista de determinado assunto – que é fissurado por animes, mangás, jogos e afins, entrando na faculdade como calouro, no meio de uma feira em que são expostos os clubes dos quais os alunos podem participar. Dentre esses clubes, existe o Gendai Shikaku Bunka Kenkyuukai– a Sociedade para Estudo da Cultura Moderna Visualmente Dirigida – apelidado de Genshiken para abreviar. Nele, “estudam-se” todas as obras nipônicas visualmente dirigidas, como anime, mangá e jogos.
De cara, Sasahara não se imaginava dentro desse clube por não se considerar um otaku, mas, aos poucos, convivendo com as pessoas do clube, ele vai se encaixando e realmente se descobre um otaku. Além do nosso protagonista, o Genshiken é formado por Makoto Kousaka (otaku de games de luta e eróticos), Saki Kasukabe (a única integrante “não-otaku” do grupo, que entrou somente para atrair Kousaka e tentar tirá-lo do Genshiken), Harunobu Madarame (o “mais otaku” dentre os membros), Souichiro Tanaka(otaku de cosplay, no sentido de confecção) e Mitsunori Kugayama(otaku desenhista, muito tímido e com problema de gagueira).
Por se tratar de um seinen, tem conteúdo mais maduro envolvido, além do feijão com arroz de mostrar o dia a dia dos personagens, típico de um slice-of-life. A primeira temporada, além de apresentar os personagens, desenvolve-os bem e aprofunda o relacionamento interpessoal entre os integrantes. Ao assistir, de certa forma, é possível entender um pouco mais sobre o cotidiano de um clube otaku de uma faculdade no Japão, apesar do anime não ser tão realista, pois alguns personagens, como o Madarame, demonstram ser um tipo bem estereotipado de otaku – gasta apenas com utensílios e itens como jogos e mangás (prinpalmente doujinshi, gênero de mangá erótico).
Recomendo, caso você não se incomode com um anime relativamente antigo e com animação datada, afinal a primeira temporada é de 2004, ou em assistir algo com um teor levemente erótico – apenas menções e conversas, nada explícito, afinal isso não é um hentai. Culturalmente, achei interessante. Talvez fosse um pouco melhor com menos conteúdo erótico e uma pegada um pouco mais madura, reduzindo os estereótipos apresentados. Como disse antes, é um anime pequeno, a primeira temporada tem 12 episódios e 3 OVAs (Original Video Animation ou Animação Oficial em Vídeo). Normalmente os OVAs possuem conteúdo que não agrega ou não faz diferença na história principal, porém na primeira temporada de Genshiken esses OVAs possuem conteúdo essencial para a segunda temporada. É isso, pessoal, até a próxima!
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