Foi lançada na semana passada uma nova produção do Universo Cinematográfico Marvel, o segundo filme de sua fase 4. Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis apresenta um novo super-herói para o público e, pela primeira vez, um protagonista do leste asiático. Em virtude dos últimos acontecimentos com as atrizes Scarlett Johansson, de Viúva-Negra, e Emma Stone, de Cruella, a Disney decidiu disponibilizar Shang-Chi exclusivamente nos cinemas.
O protagonista é um jovem chinês especialista em artes marciais que se rebela contra o pai que o criou e treinou desde criança. Morando na Califórnia, após ser encontrado pelo exército dos 10 anéis, Shang-Chi é obrigado a deixar a sua zona de conforto, reencontrar o seu passado e iniciar uma jornada de autoconhecimento para salvar o mundo em que sua mãe foi criada.
Katy, a melhor amiga do protagonista, e Leiko Wu, irmã dele, são personagens que estão presentes desde o início do longa-metragem e são importantíssimas para a jornada do herói. Shang-Chi e Katy são extremamente carismáticos e possuem uma química gigantesca em cena.
Por ser um filme de origem, Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis introduz novos rostos ao UCM, mas alguns personagens já conhecidos pelo público também dão as caras nessa produção. Os easter eggs são clássicos da Marvel e, por isso, não poderiam faltar, assim como o alívio cômico que foi garantido, principalmente, pela Katy, interpretada pela Awkwafina, propondo bons momentos de risadas. Wenwu (Tony Leung), pai de Shang-Chi, também rouba a cena com uma atuação sensacional, entregando um personagem profundo e dramático.
A produção tem uma narrativa coesa e envolvente que segue a fórmula Marvel e entrega personagens bem construídos e magnéticos. Além disso, Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis oferece cenas belíssimas de lutas coreografadas e introduz um herói com qualidade, representatividade e potencial para as novas fases do UCM. O Mestre do Kung-Fu, como é conhecido nos quadrinhos, é um herói com falhas, cheio de coração e extremamente cativante.
Diferente das outras obras do universo Marvel a que estamos acostumados, esse filme, pelo menos em seu áudio original, tem várias cenas que não são em inglês, mas sim na língua nativa do protagonista. Esse é um fato que demonstra a preocupação do estúdio em garantir representatividade que vai além das escolhas dos personagens. Além disso, é possível perceber que, nesse longa-metragem, a Marvel tenta se redimir com o público pela representação ofensiva e catastrófica do Mandarim em Homem de Ferro 3.
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis conta com duas cenas pós-créditos e é, facilmente, um dos melhores filmes de origem do Marvel Studios. O longa-metragem é emocionante, cheio de ação e divertido. Mais do que uma produção sobre um novo herói no UCM, é um filme sobre família e identificação.
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