Tempo estimado de leitura: 4 minutos e 24 segundos
Depois de 3 anos de espera, finalmente chegou a primeira parte da quarta temporada de Stranger Things. Devido à pandemia do COVID-19, a produção da série teve que ficar paralisada. Isso deu tempo para os Irmãos Duffer refinarem os roteiros e entregar a melhor experiência possível para o público que acompanhava a aventura de Mike, Will e companhia. Com um orçamento de mais de 30 milhões de dólares nas mãos, será que os irmãos foram bem-sucedidos?
A trama da temporada começa bem onde a última parou. Hopper foi dado como morto após desaparecer na explosão no shopping enquanto fechavam o portal aberto pelos russos; Eleven, Will, Jonathan e Joyce vão morar na Califórnia; Mike, Dustin, Lucas e Max permanecem em Hawkins e tentam lidar com todos os acontecimentos do último ano e sobreviver ao ensino médio.
Tudo parece relativamente normal até que uma nova criatura do Mundo Invertido, Vecna, começa a matar adolescentes de forma brutal. Caberá novamente aos nossos queridos personagens encontrar Vecna e derrotá-lo enquanto tentam se esquivar da polícia, que investiga esses assassinatos como obra de algum serial killer.
Já se dizia que essa temporada viria bem pesada com uma tendência bem mais forte para o terror. Não era brincadeira. A série já vinha dando pinceladas de terror desde a primeira temporada e não parecia que podia piorar tanto. Mas, já na sequência da primeira vítima de Vecna, fica a dúvida se estamos realmente assistindo a Stranger Things, um mistério divertido que bebe de referências e nostalgia dos anos 80. Eles realmente levaram a série a outro nível, o que marcou uma quebra na “inocência” da história da mesma forma que ocorreu com O Cálice de Fogo na franquia Harry Potter.
É muito acertada a decisão dos roteiristas de dividir a trama por núcleos que seguem independentes até que os conflitos façam todos eles convergirem. Isso permite que se possa trabalhar melhor cada enredo e desenvolver os personagens de forma mais focada e tranquila, sem correr tanto risco de se perder. Mas, apesar do roteiro bem escrito, com reviravoltas desenvolvidas de forma tão sorrateira que quando percebemos já estamos colados na TV, alguns episódios dessa temporada se alongam demais. Na primeira metade desse primeiro volume há muitas sequências onde não acontece nada de interessante para avançar o enredo, que poderiam facilmente ser cortadas.
Tirando essa questão de alguns episódios serem mais longos do que deveriam, esta temporada de Stranger Things está impecável. Fica evidente o alto investimento que fizeram. O visual do Mundo Invertido está muito mais detalhado que nas primeiras temporadas, onde havia apenas uma fotografia mais escura e fuligem flutuando no ar. Toda a produção foi feita com cuidado em cada detalhe. Desde uma campanha inteira de RPG, criada com cards de cada personagem e dados personalizados, até o visual do grande vilão Vecna, que é feito com uma pessoa real em traje e maquiagem — não inteiramente em CGI, como foi o Demogorgon na primeira temporada.
O segundo volume dessa quarta temporada, que deixará o terreno pronto para a quinta e última, chega em 1º de julho. Após conferir esses sete primeiros episódios, fica realmente justificada a demora de 3 anos e a minha expectativa para os últimos dois episódios está ainda mais alta do que já estava antes. Mas acho que toda essa expectativa poderia ser muito mais bem-aproveitada caso a Netflix lançasse um episódio por semana.
Mais sobre SÉRIES
Puxadinho Cast #110 | One Piece (Netflix)
A Netflix finalmente lançou a adaptação em live action de One Piece. Em meio a desconfianças, a série conseguiu superar …
Puxadinho Cast #108 | BBN Especial: Indicados Emmy 2023
Neste Beyblade News especial, nós comentamos os indicados do Emmy 2023 e quais são nossas expectativas para essa premiação. Dá …