No dia 26 de outubro foi adicionada ao catálogo da Netflix a segunda temporada da adaptação animada do clássico dos games Castlevania. Seguindo a saga de Trevor Belmont, Sypha Belnades e Adrian “Alucard” Tepes, vemos a busca dos protagonistas por uma solução para derrotar o Drácula e encerrar o genocídio da humanidade.
A produção continuou a cargo de Adi Shankar, um produtor indo-americano conhecido por sua série de one-shots não autorizados sobre o Venom, o Justiceiro e os Power Rangers. Ele também estará encarregado das adaptações de Assassin’s Creed e Devil May Cry para a Netflix. O roteiro também continuou com o Warren Elis, escritor recorrente da Marvel e da DC e roteirista de Hollywood.
Nessa temporada, somos apresentados a mais quatro personagens: Carmilla, uma manipuladora vampira que integra o conselho de guerra do Drácula (e também uma personagem recorrente na franquia de games); Godbrand, um vampiro viking que deseja transformar a humanidade em “gado”; e Isaac e Hector, os dois “Devilforge Master” (forjadores de criaturas da noite) são os únicos humanos na Corte e possuem uma completa misantropia com a humanidade (apresentados no game Curse of Darkness);
No que tange à apreciação, não tenho receio de afirmar que Castlevania é uma das melhores adaptações de um game para o audiovisual e, ao meu ver, é uma das melhores animações disponíveis na plataforma de streaming. A saga possui personagens cativantes, com diversas camadas de personalidade e com uma narrativa que consegue explorar os elementos construídos na série.
O ponto mais interessante nessa temporada é o foco que o núcleo dos vilões teve. Muitas vezes, as cenas dos protagonistas careceram de ação, se focando numa investigação sobre a herança Belmont e os seus segredos. Longe de mim afirmar que a parte dos heróis é chata, pois adiciona muito desenvolvimento a eles, principalmente em Trevor, que tem o motivo de seu comportamento infantil e irresponsável explicado, entretanto a ação com eles só se inicia próximo ao final da temporada.
Nas cenas da Corte Vampira, vemos o desenrolar de uma trama política, com um jogo de interesses e traições para decidir o rumo do extermínio da humanidade. Em meio a generais discordantes e desavenças estratégicas, vemos um Drácula pesaroso, cansado e profundamente deprimido pelos eventos que resultaram no início da trama. Para mim, essa foi uma das melhores retratações do vilão.
Para a alegria generalizada, essa temporada foi maior que a primeira. Foi muito frustrante a primeira temporada possuir apenas quatro episódios, mas, felizmente, a segunda contou com o dobro, tendo mais espaço para desenvolvimento da narrativa. Além disso, a grande crítica da primeira temporada, que foi a dublagem original ter deixado a desejar, foi melhorada (ou nos acostumamos kkk). Para fechar, recomendo prestarem bastante atenção nos cenários e na trilha sonora, onde dezenas de easter eggs dão ponta.
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