Howard Hughes (Leonardo DiCaprio) cresceu em meio à fortuna dos seus pais e à superproteção da sua mãe e que, mesmo após a morte deles, seguiu em busca da realização dos seus maiores desejos: produção de filmes e aviação. Porém, ao passo em que realizava grandes feitos, também acumulava problemas que nem mesmo toda a sua fortuna conseguiria resolver.
A história é baseada em fatos reais e adapta parte da vida de Howard Hughes, engenheiro aeronáutico, bilionário, playboy e cheio de excentricidades (qualquer semelhança com o Homem de Ferro não é mera coincidência). Entretanto, o caminho que Hughes percorreu durante a sua vida não culminou em um final glorioso e muito menos heroico, visto que a cada grande feito que realizava (como a quebra de recordes mundiais) surgiam muitos problemas, sejam eles conjugais, físicos ou até mesmo psicológicos.
O filme consegue retratar muito bem cada aspecto do personagem e o seu desenvolvimento ao longo da história não deixa a desejar, exceto pelo fato de que o longa não retrata toda a vida do personagem como normalmente acontece em biografias. Além disso, todos os personagens foram bem interpretados, com destaque para DiCaprio, que obteve êxito ao transmitir todas as emoções e excentricidades de Hughes.
Mesmo com quase 3 horas de duração, o filme não é enfadonho, na verdade a parte mais lenta do filme é o início, mas que vai melhorando no decorrer da trama que, por sinal, é bem construída e deixa o espectador com vontade de saber o que vai acontecer na cena seguinte, sendo o clímax do longa a cena do tribunal, que fica ainda melhor se você se recordar que há uma referência a essa cena em Homem de Ferro 2 em um contexto bem semelhante.
Talvez o único problema de O Aviador foi ter usado a maior parte do tempo de tela para dar maior enfoque na vida pessoal do protagonista, o que pode ser comprovado com o surgimento de cada problema da TWA ou de seus filmes, que servem de apoio para o desenvolvimento dos seus problemas psicológicos, retratados pela misofobia (aversão exacerbada a germes e sujeira). Assim, o filme segue seu rumo sem termos certeza se Hughes conseguiu alcançar todos os objetivos pelos quais lutou, seja a expansão da sua companhia aérea ou o seu sucesso enquanto cineasta.
Em resumo, posso dizer que, apesar de querer ver mais sobre a história de Hughes, O Aviador cumpre muito bem o seu papel, com um filme longo, mas que não é cansativo e com um protagonista cheio de defeitos, mas que consegue cativar. Por fim, admito que levei muitos anos para assistir a esse filme, pois a premissa não me chamou a atenção, mas recomendo bastante para quem ficou, no mínimo, curioso em conhecer a história.
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