“Killing Eve” é uma série britânica de drama policial. Eve Polastri – interpretada por Sandra Oh, a Christina de Grey’s Anatomy – é uma investigadora do MI5, setor da inteligência britânica responsável pela coleta de informações sobre crimes e pela busca de padrões no modus operandi dos criminosos.
O que me chamou a atenção para essa série foi o fato de ser protagonizada por duas mulheres, tanto a investigadora quanto a assassina, já que é incomum a representação de mulheres psicopatas. O perfil feminino tem grande destaque entre personagens com cargos de alto escalão. Baseada nas novelas “Codinome Villanelle”, de Luke Jennings, a série, lançada em 2018, foi produzida pela Sid Gentle Films para a BBC America. Tem apenas duas temporadas e a terceira já está confirmada. Cada temporada tem oito episódios, que têm de 41 a 55 minutos, dá para ver rapidinho.
Embora seja sobre assassinato e espionagem, há uma leveza intrínseca ao cerne da trama. Há uma comicidade genuína na forma como os assuntos são tratados, principalmente porque a Villanelle (Jodie Comer), – a vilã da história – é muito carismática e trata tudo com muito deboche. Além disso, alguns diálogos muito “nada a ver” enxugam a obscuridade do tema. São perguntas feitas entre espiões que facilmente se encaixariam em um diálogo matinal entre comadres.
“Killing Eve” tem uma paleta de cores fantástica e diversificada, atípica em séries sobre assassinos em série, além de uma fotografia muito atraente, planos abertos e centrais. Os diretores de fotografia se preocuparam com isso já que a trama se passa em diversos países, eles buscam sempre mostrar onde as personagens estão no momento para que o espectador não se perca na narrativa. Sendo assim, os planos de fundo são muito valorizados.
Mesmo que a função de Eve seja traçar padrões, não há qualquer tipo de pista – além da precisão e eficiência na execução – que a leve a concluir que os assassinatos estão conectados de alguma forma. Ainda assim, ela começa a ligar os pontos e, para espanto geral, sugere que o tal assassino seja uma mulher. Por ser mulher, a facilidade que a assassina teria em entrar e sair sem ser notada era muito maior. A teoria foi duramente rechaçada, mas a investigadora não desistiu e, no caminho, colocou o seu casamento em jogo.
A atuação da Jodie Comer é magnífica, além de ter uma beleza excepcional, diferente do que se está acostumado a ver em séries europeias. A britânica de 26 anos de olhos verdes e cabelos cor de mel não deixa a desejar em nada. Não foi à toa que levou para casa o Emmy de melhor atriz. Ela desempenha seu papel com eficiência e primazia, tal qual Villanelle o faz em seus assassinatos.
Algo que me incomodou bastante é que, ainda que fosse uma agente secreta, Eve quase nunca estava preparada para os perigos que poderia enfrentar. O que é que custa deixar uma arma na bolsa ou uma faca no cinto, só para o caso de alguma emergência, não é mesmo?
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