A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas é um filme de comédia em animação da Sony Pictures Animation que foi comprado pela Netflix e lançado no serviço em 30 de abril de 2021. O filme tem direção de Mike Rianda e roteiro de Rianda e Jeff Rowe. Seu elenco ainda conta com a presença da grande atriz premiada Olivia Colman, que interpreta a vilã dessa história.
Para explicar a premissa do filme, preciso apresentar um pouco os principais personagens. A família Mitchell é formada por Rick, o pai; Linda, a mãe; Kate, a filha mais velha; e seu irmão Aaron. Rick quer manter a família sempre unida, é bem desastrado e não entende nada de tecnologia. Linda quer que sua família esquisita seja o mais perfeita e normal possível. Para isso ela vive de olho no que seus vizinhos estão fazendo e em como é a dinâmica familiar deles. Aaron é um menino esquisito obcecado por dinossauros e muito ligado à sua irmã. Kate quer ser uma grande cineasta, fazendo vários curtas usando as coisas mais inusitadas para produzir seus vídeos. Ela não tem o apoio do seu pai, que acha que essa área não tem futuro, e esse é um dos pontos de partida da aventura.
Essa falta de apoio do seu pai a faz querer deixar a família e viver sua própria vida longe deles. Nesse processo, ela consegue passar numa faculdade de cinema e está prestes a viajar para lá. Kate e o pai brigam e, para fazer as pazes, Rick cancela a passagem de avião da filha e decide levá-la de carro numa divertida viagem em família. Essa parte parece uma versão em animação do filme Férias Frustradas, com os Mitchell passando pelas situações mais aleatórias pela estrada.
Do outro lado, temos Mark Bowman, que parece uma mistura de Steve Jobs com Tony Stark. Ele tem uma empresa de tecnologia e, ao criar uma inteligência artificial emotiva, acaba causando uma revolta das máquinas. Essas máquinas subjugam os humanos em todo o mundo em mais uma história de apocalipse. Os únicos capazes de salvar a humanidade são justamente os mais improváveis: os Mitchell.
Há tempos que uma animação não me fazia rir tanto, tive até que pausar e repetir algumas partes. As confusões em que a família Mitchell se mete são engraçadas de tão bizarras e aleatórias. Ao mesmo tempo em que transmite a tensão da dominação mundial, o filme ainda consegue fazer rir nessas mesmas cenas.
A estética também é bem diferente, misturando 3D com detalhes em 2D. Isso diferencia e destaca essa produção, quase da mesma forma que Aranhaverso se destacou ao trazer a experiência dos quadrinhos para o audiovisual. Uma indicação ao Oscar seria bem merecida.
Além de remeter ao filme Férias Frustradas, essa jornada para salvar o mundo faz os Mitchell parecerem uma versão trágica e disfuncional de Os Incríveis quando precisam lutar com as máquinas em confronto físico. O filme também traz muitas referências a vídeos virais de YouTube e TikTok, sendo um recurso recorrente durante toda a história. Como mais uma referência que a obra traz, essa parte remete em certa medida ao filme WiFi Ralph, quando Ralph precisa viralizar no YouTube para juntar dinheiro com as visualizações.
Apesar de não ter uma trama tão diferente, são os detalhes técnicos e a excentricidade da família que fazem esse filme ser uma experiência única. Se está procurando algo divertido para assistir, A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas é uma ótima escolha. Você vai rir bastante com as situações mais aleatórias e fora da caixinha em que essa família se mete.
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