Uma afro-americana que venceu a pobreza, construiu um império de produtos de beleza e se tornou primeira milionária pelo próprio esforço. Baseado em uma história real.
(Netflix)
Se você segue alguma conta no Instagram que fale sobre empreendedorismo ou, principalmente, empreendedorismo feminino, provavelmente já viu algum post falando sobre essa série, A vida e a história de Madam C.J. Walker. Baseada no livro de mesmo nome, a série conta a história de sua protagonista, Madam C.J. Walker, a primeira mulher negra que ficou milionária com seu próprio trabalho.
Logo no início, somos apresentados a Sarah, que mais tarde ficaria conhecida como Madam C.J. Walker. Era uma lavadeira de vida simples, até que conheceu os produtos capilares de Addie. Depois de algum tempo usando os produtos, Sarah ficou maravilhada com os resultados, e seus cabelos, que durante um bom tempo ela tentou esconder, agora eram motivo de orgulho.
Impressionada com os resultados dos produtos, Sarah pensou que essa poderia ser uma forma de mudar sua vida e de muitas outras mulheres, então se ofereceu para ser uma das vendedoras de Addie. Mas as coisas não foram tão bem quanto imaginava: Addie não a aceitou como sua vendedora. Determinada em mudar a história de muitas outras mulheres negras assim como ela, Sarah resolve criar seu próprio produto capilar, e é assim que nasce a marca de produtos para cabelo C.J. Walker (que existe até hoje!).
O desenrolar dessa história é contado em quatro episódios que apresentam um pouco mais sobre a empresa e sua vida pessoal. Apesar de curta, a série consegue apresentar bem o contexto histórico e os principais dilemas que essa grande empresária enfrentou. Octavia Spencer brilha no papel da protagonista e torna a trama ainda mais rica. Junto com ela, temos no elenco Tiffany Haddish, Carmen Ejogo, Blair Underwood, Garrett Morris, dentre outros atores.
(Alerta de possíveis spoilers!)
Ainda falando sobre a construção da série, alguns pequenos detalhes me prenderam em sua trama. Por se passar apenas alguns anos após a abolição da escravidão nos Estados Unidos, ainda é possível perceber seus resquícios, além da falta de protagonismo feminino negro no universo dos negócios. Uma das cenas que me marcou bastante e traduz esses pontos foi aquela em que Madam C.J. Walker vai em busca de apoio para ampliar sua fábrica em um congresso de lideranças e empresários negros, espaço que era apenas dedicados a homens.
(Livre de spoilers!)
Bom, apesar de ter sido uma surpresa incrível, uma coisa que me incomodou na série foi que no seu desenrolar a comparação entre as disputas de mercado de Sarah (Madam C.J. Walker) e Addie é feita com uma luta de boxe. Essas cenas fogem bastante do contexto, da fotografia, da música, enfim, do universo construído. Não fizeram muito sentido para mim, mas, sem sombra de dúvidas, isso não é o suficiente para apagar os pontos positivos.
Particularmente, gostei muito! A vida e a história de Madam C.J. Walker é uma daquelas séries que te inspiram; Madam C.J. Walker foi uma mulher incrível sem sombra de dúvidas, e até hoje sua empresa continua desenvolvendo produtos capilares. Além dos grandes feitos empresariais, ela ainda foi uma grande ativista negra! Obs: essa opinião sincera foi baseada apenas na série. Foram levantadas comparações entre o livro e a série e possíveis incompatibilidades, contudo não li o livro para poder comparar.
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