Assassinato no expresso do oriente é uma obra literária de Agatha Christie (1890 – 1976), escritora britânica aclamada pela crítica e pelo público. Ela se destacou particularmente no subgênero de romance policial e ficou popularmente conhecida, ainda em vida, como a Rainha do Crime, título que permanece até os dias de hoje. O número de vendas de suas obras é uma das maiores do mundo!
O livro foi publicado originalmente em 1934 e é o mais conhecido da autora, inspirando inúmeras adaptações e várias outras obras. Inclusive, já escrevi sobre Entre Facas e Segredos, que você pode conferir aqui, filme que tem fortíssimas inspirações nas obras da Rainha do Crime.
Aqui acompanhamos o investigador Hercule Poirot, um detetive belga que estava em uma viagem partindo de Aleppo, na Síria, para Istambul, na Turquia, através do Taurus Express. Em sua rápida passagem pelo Hotel Tokatlian, o detetive recebe um telegrama de Londres, pedindo que cancelasse os compromissos em andamento e voltasse o quanto antes para lá. Então, ele muda seu rumo e embarca no grande Expresso do Oriente de última hora, ficando com um dos poucos leitos que sobraram, pois estava em época de alta temporada. Durante o percurso, um dos passageiros é morto misteriosamente em sua cabine e cabe a Poirot, o único especialista presente, desvendar esse assassinato.
O ritmo de Assassinato no expresso do oriente é mediano: não muito monótono, mas com pouca ação. Tudo parece ser suspeito dentro do trem e até mesmo antes do ocorrido. Ao descobrir a identidade da vítima, as coisas ganham mais velocidade. A investigação toda ocorre dentro do trem fechado e em movimento, o que deixa tudo mais interessante. Todos são suspeitos aos olhos de Poirot, que faz interrogatórios bem intrigantes com cada um dos passageiros do vagão em que estava o falecido.
É um livro que se consegue ler bem rapidinho, pois quando começamos não queremos parar, principalmente quando se está mais perto do desfecho. A cada momento um fato novo é revelado, chocando o leitor com tantas reviravoltas que não é mais possível existir uma lógica plausível que explique o assassinato, nos deixando completamente confusos sobre quem será o assassino. É de tirar o fôlego.
Apesar de não ter muita ação, como em Sherlock Holmes, que utiliza o método extravagante do disfarce, Assassinato no expresso do oriente tem muito o que oferecer em termos de suspense, reviravoltas e soluções mirabolantes elaboradas pelo detetive genial. Temos cenas muito tensas em que Poirot expõe seu raciocínio, mesmo sem revelar o que de fato ele está pensando, o que nos leva a pensar em soluções em um momento e mudar bruscamente de opinião ao decorrer dos diálogos.
Com certeza um livro que vale a pena ser lido. Eu li nessa edição lindíssima de capa dura, que faz parte de um box com Um corpo na biblioteca e Morte no Nilo, e recomendo muito.
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