O príncipe da Transilvânia, Vlad Dracul (Luke Evans), vive com seu povo em tempos de paz após anos de muitas guerras e sofrimento no território turco. Porém o sultão Mehmed (Dominic Cooper) decide aumentar os impostos para manter essa paz, exigindo até mesmo que Vlad entregue mil garotos para o exército (dentre eles o seu filho). Isso faz com que o outrora conhecido como “O Empalador” tome medidas drásticas que culminam na sua transformação no vampiro mais famoso da história: o Drácula.
Drácula: A história nunca contada é um filme dirigido por um jovem diretor chamado Gary Shore e, na época do seu lançamento (2014), a Universal tinha planos para criar um universo compartilhado com monstros clássicos da ficção: o Dark Universe. Porém essa aposta do estúdio certamente prejudicou essa versão do clássico vampiro. O longa teve pouco mais de uma hora e meia para cativar o público com história e personagens interessantes, e desenvolvê-los sem mostrar demais para deixar questões em aberto para as sequências desse universo, o que se mostrou uma tarefa quase impossível.
Os atores convencem na sua atuação. Porém o protagonista poderia ter tido mais tempo de tela para mostrar o quanto quer se afastar do seu passado como o terrível empalador e desenvolver a sua ligação com sua família, que é um dos pontos principais do filme, sendo determinante para o início de uma guerra e até na sua transformação.
Dos diversos momentos do filme vale destacar a extensão dos poderes do Drácula, que deixam claro que este é muito mais um filme de ação do que de terror. Eles também proporcionam batalhas interessantes ao longo da história, mesmo que tenham pouco sangue, o que com certeza foi pensado para chegar a um público maior.
Por falar em sangue, este possui um papel importante na trama, mas é pouco abordado se pensarmos num filme sobre vampiros. Além disso, a ligação entre vampiros e outros aspectos da sua mitologia também são pouco apresentados, talvez por tentar trazer um filme que foque mais na importância da família.
A caracterização dos personagens é muito boa, principalmente a do primeiro vampiro interpretado por Charles Dance, que contribui muito para a sua aura ameaçadora. Entretanto, ao citar personagens secundários, acredito ter sido muito simples a forma como descobriram que Vlad adquiriu os poderes do monstro da caverna. Esta não parecia uma lenda que estava sob o conhecimento de muitos além do religioso que o denunciou, o que causou um certo estranhamento.
Por fim, Drácula: A história nunca contada, por mais que não seja uma das melhores versões do clássico vampiro, diverte bastante (o que até justifica a sua bilheteria). Entretanto, é prejudicado em grande parte por não poder revelar muito e apenas atrair o público para o universo compartilhado que estava sendo planejado. É verdade que talvez nunca tenha continuidade, após a baixa recepção da crítica pelo filme A múmia de 2017, que possui ou possuía ligação com a obra.
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