Após a segunda temporada, começaram os questionamentos de até quando a fórmula de La Casa de Papel conseguiria se sustentar. Será que a série se tornaria repetitiva? Conseguiria ela repetir a fórmula que a deixou tão famosa e ainda assim manter seu público fiel, ou morreria na praia em sua terceira temporada? Bom, não só a terceira temporada foi lançada, como já estamos aqui para conferir a o que achamos da quarta temporada.
E, nada melhor do que começar essa opinião parafraseando meu amigo Thiago: “La Casa de Papel é assim, ou você ama ou odeia”, e isso se aplica bem à quarta temporada. Nela, a série claramente renova suas forças e com bastante mérito, demonstrando que você não precisa necessariamente de vários cenários e ideias mirabolantes para prender o espectador, apenas uma boa história contada com personagens envolventes e profundos.
Nela, seguimos com os eventos do assalto ao banco da Espanha. Depois do final chocante que tivemos na terceira temporada, todos estavam ansiosos para saber qual destino Nairóbi e alguns outros personagens teriam (e venhamos e convenhamos, isso não é spoiler, afinal, vou imaginar que você assistiu à terceira temporada para estar aqui), por isso, a temporada já se inicia bastante frenética e tensa.
Um dos primeiros méritos dessa temporada é que os personagens que haviam sido inseridos na temporada anterior ganham finalmente o devido destaque e profundidade, afinal, os novos rostos que vimos ainda não haviam sido bem aproveitados. Começamos a criar vínculos com alguns personagens novos (infelizmente não todos, ainda), e também renovar algumas roupagens de personagens já conhecidos, explorando ainda mais o seu passado e informações que antes não conhecíamos.
Isso se dá muito pela utilização dos já conhecidos flashbacks, que continuam funcionando muito bem principalmente para selar algumas pontas soltas. Sua utilização nessa temporada é bem mais tímida nessa temporada, porém cirúrgica, vindo nos momentos certos para corroborar com os sentimentos que sentimos ao observar o que está ocorrendo com os heróis da trama.
Agora o principal ponto onde a temporada consegue se destacar: seus momentos de tensão e apego aos personagens. Aqui, conforme avançamos, cada segundo se torna uma bomba relógio que não sabemos quando irá explodir e, acredite, esta temporada guarda diversos momentos que te levarão ao extremo, assim como os personagens. A trilha sonora vem para elevar ainda mais isso, pois continua magnífica e precisa, fazendo com que os momentos que citei acima tenham ainda mais impacto nos espectadores.
Outra coisa que também continua nessa temporada são as discussões sociais e a forma como são abordadas na série. Algo pelo qual ficou marcada principalmente graças a personagens femininas tão poderosas como Tóquio e, principalmente, Nairóbi, porém até nisso a série se renova, ou melhor, se mantem atualizada. Novos temas são calmamente inseridos na trama, ao mesmo tempo que antigos, porém atuais ainda continuam sendo demonstrados através das diversas faces de acontecimentos.
É um fato, a terceira temporada havia caído quando comparada às duas primeiras. E a quarta temporada está aqui para consertar isso, jogando de novo a hype dos espectadores para o alto e dando um choque de sentimentos em quem assiste. De longe se posiciona bem para ser uma das minhas temporadas preferidas. Perfeita? Não, longe disso. Mas diante do que temos hoje em relação a séries, é sempre bom encontrar uma assim, que consegue englobar tão bem diversos públicos sem acabar se perdendo na trama. Agora resta aguardar pela quinta temporada para descobrirmos os desdobramentos dos Assaltantes de Dalí, e sim, tem mais uma temporada vindo por ai!
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