Todo ano, Elio e sua família passam o verão em uma casa no interior da Itália, onde não se tem muito o que fazer a não ser esperar o tempo passar. Porém, nesse período, seu pai costuma convidar um estudante para fazer uma pesquisa com ele, sendo o desse ano Oliver, um doutorando que traz mudanças ao verão de Elio. Lançado em 2018, Me Chame pelo Seu Nome é a adaptação de um livro homônimo e retrata toda a beleza do intenso e rápido amor de verão.
Eu gosto bastante de romances, mas não daqueles melancólicos, sofridos e clichês que logo vêm à nossa mente quando pensamos em filmes românticos. Gosto daqueles que trazem a leveza e felicidade, mas sem disfarçar as incertezas e pequenos atritos, aqueles que fazem a gente se identificar. Em Me Chame pelo Seu Nome temos tudo isso e mais um pouco.
O filme já começa nos apresentando o verão na Itália e logo de cara vem a vontade de arrumar as malas e viajar para lá. Mas, como não é possível, vamos acompanhando os personagens vivendo e vamos vivendo junto com eles a ida na piscina, a leitura do livro, os cafés da manhã em família e, em meio a tudo isso, a aproximação de Elio e Oliver.
De início os dois se estranham, mas aos poucos a estranheza vai dando espaço à admiração, atração e curiosidade. Me Chame pelo Seu Nome não é um filme óbvio. Mesmo sabendo do romance futuro de Elio e Oliver, nós, como espectadores, ficamos confusos e incertos junto com eles, enquanto aos pouquinhos eles vão se envolvendo e se permitindo.
E, nisso, Me Chame pelo Seu Nome tem um trabalho incrível de direção e atuação. Nós sabemos o que os personagens sentem mesmo sem eles dizerem nada. Um olhar, um gesto, o andar de uma forma diferente… Timothée Chalamet e Armie Hammer, junto à direção de Luca Gadagnino, estão impecáveis e fazem o público se relacionar demais com os personagens, especialmente nos detalhes.
Me Chame pelo Seu Nome é lindo e delicado nas palavras, nos gestos, nos encontros e nas despedidas.
Queria destacar que a melhor cena do filme, na minha opinião, é um diálogo entre Elio e seu pai sobre o amor e os sentimentos, tão linda de ser ver e ouvir que não dá para não se envolver e, como essa é uma das últimas cenas, terminar o filme com emoção.
A natureza tem maneiras astutas de encontrar seu ponto mais fraco.
Eu já tinha ouvido falar bem do filme, mas fui completamente surpreendida com o quanto gostei dele. Me envolvi tanto que terminei o longa desnorteada por estar saindo daquele mundo preguiçoso de verão e doce por conta do romance de Me Chame pelo Seu Nome. Quase esqueci que não estava de férias como eles.
Esse filme foi um dos melhores que já vi! Te recomendo assistir a ele num sábado ou domingo à tarde, quando está tudo parado, sem escutar nem o barulho da rua, para que a melancolia do dia se encaixe com a do filme. Fica perfeito.
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