Sagrada é um jogo competitivo de estratégia e quebra-cabeça baseado nos vitrais da Basílica de la Sagrada Família, famosa catedral inacabada da cidade espanhola de Barcelona. Lançado em 2017 pela estadunidense Floodgate Games, o jogo de Adrian Adamescu e Daryl Andrews chegou ao Brasil em 2018 pela gigante Galápagos Jogos.
A ideia aqui é completar, ao longo de dez rodadas, os 20 espaços que compõem seu vitral, sem cometer erros e seguindo os objetivos de jogo para fazer mais pontos que seus oponentes. São sempre quatro objetivos diferentes por partida, sorteados entre os 15 possíveis.
Para compor os vitrais, são usados dados coloridos de seis lados, que representam as peças de vidro. As cinco cores (vermelho, amarelo, verde, azul e roxo) representam, bem, as cores, enquanto os números de 1 a 6 representam os tons claros a escuros. Ao todo, são 90 dados, sendo 18 de cada cor, que ficam em um saquinho e são retirados aos poucos. Em cada rodada, são rolados e disponibilizados dois dados por jogador mais um — eles devem ser comprados e posicionados exatamente da forma que foram rolados, sempre adjacentes a dados já posicionados, nunca ortogonalmente adjacentes a dados da mesma cor ou do mesmo tom. Sempre sobra, no mínimo, um dado, que fica no marcador de rodadas. Ao fim da décima rodada, todos contam os pontos e vence o melhor.
Se parece suficientemente simples de entender, mas complicado de fazer acontecer, é porque é exatamente isso. A sensação de alívio ao encaixar o último dado é sem igual. Fãs de Azul vão se sentir em casa. Fãs de Sudoku também.
Sagrada pode ser jogado em quatro dificuldades, dependendo do modelo da sua janela, que tem mais ou menos restrições e espaços predefinidos onde só uma cor ou tom pode entrar. Para balancear, quanto mais difícil for o seu modelo, mais marcadores de benefício você ganha. Esses marcadores podem ser usados em ferramentas que salvam sua vida: algumas permitem reposicionar dados já posicionados, outras permitem rolar novamente os dados, e outras até permitem a troca de dados comprados com dados que estejam ainda no saquinho. Em cada partida, são três ferramentas diferentes, sorteadas entre as 12 possíveis. Seu uso não é obrigatório, mas quase sempre acaba sendo necessário.
Duas coisas são especialmente impressionantes em Sagrada: o visual, que além de lindíssimo é extremamente parecido com a catedral de verdade, graças à arte de Peter Wocken; e a dificuldade, não de entender o funcionamento mas de completar seu vitral.
Sempre fui fã de quebra-cabeças, e encaixar os milhares de peças é um dos passatempos favoritos da minha família há anos. Confesso que me saio melhor com os milhares de peças que com os jogos no estilo quebra-cabeça, de Portal aos próprios Sagrada e Azul, passando pelo velho “desafio saia do quarto” que bombou na internet há alguns bons anos. Mas o mais importante é que continuo sempre gostando de conhecer novos, e bastou uma partida de Sagrada para o jogo me conquistar.
Não é perfeito, apesar de passar perto: o único defeito dele fica nas costas do modo solo. Sagrada pode ser jogado de 1 a 4 pessoas, sendo que o modo solo tem algumas regrinhas especiais e você essencialmente joga contra o tabuleiro. Tinha esperanças nele porque não precisaria depender da disponibilidade dos amigos para aproveitar, mas não deu certo. Desbalanceado, difícil e confuso, o modo realmente não faz jus ao alto nível do próprio jogo. É lógico que não importa caso você sempre tenha companhia para jogar — muita gente nem chega a conhecer os modos solo por causa disso —, mas fica o desabafo.
Sagrada foi uma das melhores surpresas que tive com jogos de mesa nos últimos meses, e acabou se tornando essencial na minha coleção. Incluí na minha mesa quando fui monitora no primeiro grande evento de jogos que organizei com o BG das Minas. Apresentei à minha irmã, que também se apaixonou de cara. Mas quem não se apaixonaria? Se você se identificar com qualquer coisinha daqui e tiver a oportunidade de conhecer, aproveita.
Aliás, uma versão digital foi lançada em março para Steam, App Store e Google Play, e parece uma boa pedida para os tempos de quarentena e para conhecer sem precisar investir tanto na caixa.
E que venham as expansões.
Componentes:
- 4 Molduras de Janela
- 1 Trilha de Turno/Trilha de Pontos (Frente e Verso)
- 4 Marcador de Pontos
- 12 Cartas de Padrão de Janelas
- 12 Cartas de Ferramentas
- 10 Cartas de Objetivo Público
- 5 Cartas de Objetivo Privado
- 24 Cartas de Favor
- 1 Bolsa pequena para Marcadores de Benefício
- 90 Dados (18 de cada cor – vermelho, amarelo, verde, azul, roxo)
- 1 Bolsa grande para os Dados (bordado com o Logo do Sagrada)
- 1 Livro de Regras
Idade: a partir de 14 anos;
Jogadores: 1-4;
Preço base: R$ 249,90.
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