Marcando mais uma fase na grande guerra dos streamings, em 2019 a Disney lançou nos Estados Unidos seu próprio serviço, o Disney+. Esse serviço promete trazer, além de suas produções clássicas, séries inéditas dentro do seu Universo Cinematográfico Marvel e do universo de Star Wars. Aqui falarei sobre a primeira série que chegou junto com o lançamento do streaming: The Mandalorian.
Essa série em live action, diferente do que era divulgado – que seria uma série sobre o Boba Fett –, se passa pouco depois dos eventos de O Retorno do Jedi e acompanha as aventuras de um outro caçador de recompensas, Din Djari, nessa nova fase da galáxia pós derrubada do Império. A produção conta com Pedro Pascal como protagonista e com Jon Favreau como criador e produtor executivo.
Din Djari faz parte de uma guilda de caçadores de recompensas e começamos a série com ele finalizando um trabalho e recebendo um novo do líder da guilda, Greef Karga. Ele precisa capturar um alvo e trazer de volta para um cliente misterioso. Porém, esse alvo tem alguma particularidade que faz com que Din quebre algumas regras da sua guilda e o proteja. E é aí que a história começa de verdade.
À primeira vista, parece que a temporada será sobre essa trama de Din e seu alvo, porém não é o que ocorre. A cada episódio o acompanhamos em um novo trabalho, com apresentação de muitos personagens interessantes. Isso é bem legal de assistir, porém deixa a questão daquele alvo misterioso no ar, sem explicar de onde veio e por que é tão valioso.
Apenas nos últimos episódios é que retomam essa questão, o que faz parecer que o que vimos até aqui foi só para preencher lacunas e fazer a série alcançar os oito episódios encomendados. Esses episódios intermediários são bem soltos, e não há quase nenhuma conexão entre eles. Apesar de acertar em nos fazer sentir realmente assistindo aos filmes de Star Wars, a série não expande o universo nem acrescenta muita coisa nova.
Como falei em alguns episódios do PuxadinhoCast, existem coisas mais interessantes a serem exploradas se querem expandir o universo audiovisual, como nos mostrar o que aconteceu com Obi-Wan enquanto esteve exilado em Tatooine para cuidar do pequeno Luke Skywalker. Esse fato de existirem pelo menos quatro episódios filler (que não acrescentam nada à trama principal), em uma temporada com tão poucos episódios, só evidencia mais a falta de material a ser explorado sobre o caçador de recompensas.
Não é uma série ruim. Ela é divertida, tem seus momentos engraçados – como quando brinca escancaradamente com o fato de os stormtroopers não acertarem nenhum tiro. Vamos torcer para que a segunda temporada explore mais sobre o passado do protagonista, que tem uma pincelada nessa temporada, além da questão de quem é o ser misterioso que Din capturou e traga mais coisas novas para a trama.
Existem grandes chances de que The Mandalorian futuramente se baseie no fan service, trazendo personagens queridos da franquia. A participação do próprio Boba Fett já está confirmada, com o ator Temuera Morrison retornando após viver o personagem Jango Fett na trilogia prequel. O perigo é que a série acabe se tornando um conjunto de referências e fan services desconexos, mas tomara que eu esteja errado.
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