Ted Crawford é um inventor milionário que, ao descobrir que sua esposa está tendo um caso extraconjugal, atira nela, colocando-a em coma. Mas nada é por impulso ou se resume a um momento de loucura, pois Ted espera os policiais chegarem, se entrega e trava uma batalha judicial (e de ego) com Willy Beachum, o advogado de acusação.
Lançado em 2007, Crime de Mestre tem uma estética antiga somada a uma filmagem um pouco granulada, que me lembrou bastante os filmes dos anos 1990 (de que eu, particularmente, gosto muito). Ainda sobre a composição do filme, temos Anthony Hopkins na pele de um psicopata, o que de certa forma me lembrou sua icônica interpretação em O Silêncio dos Inocentes — mais uma referência aos anos 1990, fazendo a nostalgia bater forte por aqui.
Já o outro protagonista do filme, Willy, é um advogado bem-sucedido que ganhou praticamente todas as causas em que advogou, além de ter acabado de receber uma proposta de emprego em uma empresa de grande renome. Ele tem um crime confesso nas mãos. Qual poderia ser a dificuldade? Porém, a arma do crime não foi encontrada e vencer o caso beira a impossibilidade. O ego, a arrogância e a proposta de Willy ficam prestes a ir por água abaixo, e Um Crime de Mestre se desenrola a partir daí.
Indo mais a fundo, eu diria que o filme trata da “rendição” do advogado. Seu ego é testado na batalha judicial contra Ted, fazendo com que Willy chegue ao ponto de tentar formas de retirar a vítima do coma para usá-la como testemunha, para não perder o caso. Mas, com um adversário tão egoísta quanto ele, Willy precisa fazer algumas escolhas que irão comprometer sua oportunidade de emprego em nome de ganhar a causa, fazendo com que ele precise colocar o caso acima até das suas vontades pessoais.
Por fim, Um Crime de Mestre costura as personalidades de Willy e Ted de uma forma instigante, dando ao espectador uma sensação de que não há resolução para o crime. Entretanto, a resolução existe e, quando ela acontece, fica aquém da expectativa gerada, pois é uma resolução muito simples para um crime de “mestre”. Uma ótima trama, com um desenvolvimento interessante e instigante, mas com um clímax não tão empolgante.
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