Tokyo Ghoul √A (Tokyo Ghoul Root A, ou, Tokyo Ghoul Raiz de A) é a segunda temporada da adaptação de anime da série de mangá Tokyo Ghoul. Os 12 episódios produzidos pelo Studio Pierrot foram exibidos no Japão no período de 9 de Janeiro a 27 de Março de 2015.
O anime segue a continuação do mangá/anime onde, após ser torturado por outros Ghouls, Kaneki se vê na posição de ter que tomar uma decisão sobre o que fazer. Segundo o mangá, Kaneki decide se juntar a polícia na série Tokyo Ghoul: re, com o fim de ajudar a controlar a ameaça Ghoul. Já nessa adaptação, Kaneki se junta ao Aogiri Tree, um grupo terrorista que visa a supremacia Ghoul sobre a raça humana. Essa decisão foi tomada para dar uma história única ao anime, em vez de seguir fielmente o mangá.
A primeira temporada serve como uma ótima introdução para a série. Mesmo como uma adaptação rasa do mangá, é fiel ao estilo de contar história de Sui Ishida. Sendo assim, a primeira temporada é ótima se considerarmos como uma obra autossuficiente.
Tokyo Ghoul √A é um anime ruim que se torna horrível quando consideramos o mangá. Admito que fiquei muito curioso com relação a história e o anime não ata os fios que deixa ao longo do caminho. Algumas coisas merecem seu crédito, como a relação de Suzaya Juuzou e Shinohara, que é muito mais explicada no anime em contrapartida ao mangá. Os episódios são cheios de histórias paralelas, o que torna a história principal com uma sensação de que ela tivesse caído de paraquedas.
A animação teve uma queda significável em sua qualidade, atingindo seu pico em algumas cenas de combate. Como se todo o orçamento tivesse sido encaminhado apenas para isso, mesmo assim, as cenas possuem muita fumaça ou muito movimento de câmera como truques para economizar em animação.
A sonoridade possui uma qualidade semelhante à da primeira temporada, nos momentos que é aparente, sendo esses escassos durante os 12 episódios. A escolha da música de abertura (Munou, de österreich”) foi perfeita, com uma melodia instável, como a personalidade do personagem principal após os eventos da primeira temporada e possui uma letra melancólica, que também reflete os sentimentos dele. Já o encerramento é mais fora de contexto do que o da primeira temporada. Acaba sendo um hino para a esperança das coisas melhorarem, o que combinaria mais com a primeira temporada do que √A.
O grande ponto que deve ser ressaltado é que no mangá existe uma continuidade e sensação de ação e efeito muito forte. Se algo simples acontece em um capítulo anterior, aquela ação repercute muitos capítulos depois (algo que começamos a sentir ao assistir a Game of Thrones ou outras séries mais atuais), mas essa adaptação infelizmente não possui esse tipo de continuidade, e, além disso, deixa muitos furos que te deixa curioso para encontrar uma resposta (o que me fez ir para o mangá e ter uma ideia melhor das alterações). O estúdio prometeu em 2017 que faria a adaptação de Tokyo Ghoul: re, a continuação que aconteceu no mangá, e isso deixou muitos fãs nervosos, pois não sabem se vão alterar muito a história para poder encaixar Tokyo Ghoul: re em √A.
Sendo assim, assista àprimeira temporada e leia o mangá, onde a história acaba sendo muito mais cativante e realmente te prende. Talvez o Tokyo Ghoul: re, que será lançado em abril desse ano seja uma continuação fiel à ideia do mangá. Até lá, torço por uma adaptação fiel à sensação de ler o mangá, como foi feito com Fullmetal Alchemist: Brotherhood.
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