Após unir-se aos outros heróis suburbanos para derrubar o Tentáculo em Os Defensores e fazer uma pequena participação no segundo ano de Luke Cage, finalmente tivemos a estreia da segunda temporada solo de Punho de Ferro na Netflix.
Seguindo o pedido de Matt Murdock, dado como sumido ao final de Defensores, Danny Rand luta para acabar com a guerra entre duas máfias rivais, Os Carrascos e os Tigres Dourados. Porém, ele precisará lidar com assuntos mal resolvidos com sua grande amiga de infância, Joy Meachum, e seu irmão de K’un Lun, Davos. Unidos cada um com sua motivação, eles tramam para acabar com a vida de Danny.
Nos primeiros momentos da temporada ela dá indícios de que será melhor do que a anterior com menos “Eu sou o Punho de Ferro” e um herói mais maduro e bem resolvido com suas responsabilidades como portador do coração do dragão. Em partes isso acontece, porém o foco é logo desviado.
O novo ano começa justamente com Rand lutando para acabar com essa guerra, e é aí que estão os melhores momentos da série. O que faz o hype começar a cair é quando começa a se estabelecer o antagonista da temporada. Somos conduzidas pela clássica trama do vilão querendo se vingar do herói por alguma questão mal resolvida do passado, juntamente com Joy, que também possui motivações muito fracas chegando a parecer rebeldia de adolescente.
Paralelamente a isso, temos Colleen Wing perseguindo uma pista para desvendar mistérios sobre seu passado, uma storyline que poderia ter sido descartada, mas que, pelo menos, ajuda a construir o background da personagem para aumentar seu espaço nesse universo e torná-la mais forte e relevante.
Apesar de ser um antagonista de certa forma fraco em suas motivações, ele consegue criar grandes momentos de tensão e ansiedade para saber o que ele fará a seguir. Isso acontece algumas vezes durante a temporada. Por outro lado, a motivação de sua parceira Joy é tão fraca que não se sustenta por muito tempo e ela logo começa a repensar suas atitudes para, ao final dos 10 episódios, demonstrar algum amadurecimento.
Outra personagem que poderia ter sido um pouco melhor explorada é a mercenária Mary Walker. Ela que, em toda sua complexidade, é retratada apenas com uma capanga para interesses dos antagonistas principais que muda de lado repetidas vezes com o roteiro dando apenas uma pincelada em seu background e motivações. Porém, assim como Davos, ela também consegue criar bons momentos de tensão, justamente por essa dualidade de lados em que ela se coloca.
Mesmo com essa falta de um vilão marcante com razões mais fortes e de uma storyline mais complexa, a segunda temporada de Punho de Ferro consegue entreter e prender a atenção, justamente por esses momentos em que é mais difícil prever o que vai acontecer, então vale a pena assistir.
Agora só nos resta aguardar a próxima temporada solo do último dos Defensores, O Demolidor, que deve adaptar o arco “A queda de Murdock” dos quadrinhos e tudo indica que deve estrear no dia 19 de outubro. Confira o teaser abaixo:
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