Quando vários acontecimentos misteriosos acontecem na cidade de Derry, um grupo de crianças decide investigar e descobre que, por trás de tudo, se encontra o palhaço Pennywise, uma criatura de origem incerta, com poderes que vão além da imaginação e que certamente está longe de querer arrancar risadas das suas vítimas.
It: A Coisa é um remake de uma minissérie com Tim Curry que, por coincidência ou não, foi lançada 27 anos antes e é inspirada na obra homônima de Stephen King. Entretanto, a primeira diferença que se tem entre as duas adaptações é a de que a minissérie conta a história por completo, já o remake conta apenas a primeira parte dela, de forma que, o reencontro do Clube dos Perdedores na sua fase adulta seria retratado na parte 2.
Sob a direção de Andy Muschietti, It: A Coisa se tornou um filme aclamado pela crítica e um dos mais rentáveis do gênero nas últimas décadas. As atuações foram muito boas e os personagens foram bem desenvolvidos, com destaque para Jack Dylan Grazer, que representou bem a mudança de postura do seu personagem, não apenas no enfrentamento de seus medos de forma clichê, mas ao se tornar um dos personagens que “tomavam a dianteira” do grupo nos momentos finais do longa.
Além das atuações, o roteiro foi muito bem executado, a exemplo das primeiras cenas, em que o filme estabelece uma conexão com Georgie, mas dá indícios de que algo está para acontecer, seja pela trilha sonora sombria, pelo desenho na janela embaçada ou pelo mal pressentimento que Bill sente ao se despedir de seu irmão, como se fosse a última vez que fossem se ver. Tudo isso prepara o público para uma quebra de expectativa logo no início.
O longa vai além do que a maioria das pessoas espera, pois a obra mostra que não é um terror romantizado, em que mortes não acontecem e todos ficam bem apenas por serem crianças. Além disso, certas temáticas são bem exploradas e dão maior profundidade aos personagens e suas motivações. Entretanto, nem tudo é tão sombrio e pesado como os filmes do gênero, em certos momentos o elenco consegue transmitir bons momentos de descontração e (por que não?) cômicos, principalmente nas cenas protagonizadas por Richie.
Por ser um filme de terror sobrenatural, é recheado de efeitos especiais, em que se percebe alguns deslizes aqui e acolá, mas que de forma geral foram bem elaborados e contribuem bastante para uma melhor experiência do telespectador.
Por fim, pode-se dizer que o filme mostra para o que veio, quebra expectativas e desenvolve bem o seu roteiro e personagens, o que o torna diferente de tantos outros filmes de terror padrão, que não conseguem fugir dos jump scares para prender a atenção do público, o que com certeza assustaria até mesmo o palhaço Pennywise.
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